Foto: divulgação Em entrevista à Rádio JC News na manhã desta quarta-feira (26) o deputado federal Fernando Ferro (PT) lançou o questionamento de que as obras do Arco Metropolitano, paralisadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), não possui um relatório de impacto ambiental; o que poderia permitir, inclusive, o embargo da iniciativa. “Pelo que me consta, não existe um relatório de impacto ambiental para esta obra”, afirmou na conversa. “Segundo as informações que eu tive, não tem”, disse o deputado que tem reunião marcada com o órgão nesta quarta para expor a preocupação com uma área de mata atlântica que fica no meio do atual traçado da via.

Leia também: Dnit promete relançar licitação do Arco Metropolitano em prazo “curtíssimo” Licitação do Arco Metropolitano foi suspensa porque TCU identificou problemas em projeto do Estado, diz Humberto Suspensão do Arco Metropolitano cria espaço para troca de farpas entre socialistas e petistas na Assembleia Legislativa “Não terei nenhum problema de consciência de parar uma obra que não esteja atendendo os requisitos ambientais”, sugeriu sobre a nova polêmica. “Talvez a perda de um mês ou dois por causa dessa preocupação talvez seja até um fato positivo”, avaliou na entrevista.

Durante a visita ao Dnit, Ferro deve defender um aumento no traçado do Arco que pode variar entre 15 e 20 quilômetros para não passar pelo local. “É uma das últimas manchas remanescentes de Mata Atlântica da Região Metropolitana”, afirmou.

PARALISAÇÃO - O Arco Metropolitano funciona como uma via alternativa ao fluxo de carros da BR-101, que corta as principais cidades do Grande Recife.

Além de melhorar o trânsito na RMR, ele também deve ajudar no escoamento da produção da fábrica da Fiat no município de Goiana.

Em nota divulgada nessa terça-feira (25), o Dnit informou que a licitação foi parada por não-conformidade no anteprojeto e nos orçamentos, identificadas após uma análise da equipe técnica do Tribunal de Contas da União (TCU).

O órgão prometeu retomar o processo em um prazo “curtíssimo”.

Em entrevista à JC News, o senador Humberto Costa (PT) afirmou, após reunião com o ministro dos Transportes, César Borges, disse que foram encontrados erros de cálculo e de informações no anteprojeto apresentado pelo Governo do Estado.

Ele também disse que o edital deve ser retomado em maio.

As declarações do senador foram vistas como uma resposta a ideia de que a paralisação seria uma retaliação da presidente Dilma Rousseff (PT) por causa da pré-campanha presidencial do governador Eduardo Campos (PSB).

O assunto causou polêmica na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).