Augusto Coutinho em palestra na Câmara Federal.
Foto: divulgação/Assessoria de Imprensa Na palestra de abertura do Seminário Panorama da Economia Brasileira, na Câmara Federal, o presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, Augusto Coutinho (Solidariedade-PE), alertou a perda de competitividade da indústria nacional.
O parlamentar lembrou que o setor vem continuamente perdendo espaço tanto no mercado internacional quanto no nacional, em virtude do seu baixo poder de competição, resultante de erros estratégicos cometidos pelo governo, como a rejeição dos acordos envolvendo a participação dos Estados Unidos. “O aumento do custo Brasil e sobrevalorização da moeda são fatores que contribuem para esse fenômeno da desindustrialização”, disse Coutinho.
O ministro-chefe da Secretaria de Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, afirmou que atualmente as microempresas pagam mais impostos do que as grandes empresas na hora da concorrência.
Segundo ele, uma reforma microeconômica abriria caminho para uma reforma macro. “O grande problema do Brasil é que a burocracia não confia e também não fiscaliza”, disse ele, destacando o projeto de lei complementar que altera o Simples Nacional (PLP 237/12).
A votação está marcada para acontecer até maio.
Também presente no seminário, o assessor Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Marcelo de Ávila, mostrou com números a triste realidade brasileira quando um cidadão resolve abrir uma empresa.
O País ocupa a vergonhosa 123ª posição no ranking, ficando em sétimo lugar na América do Sul. “O Brasil está atrás de muitos países em desenvolvimento no “ranking de facilidade de negócios”, atrás do México, Peru, Colômbia…”, afirmou Marcelo, revelando ainda são enfrentados 13 procedimentos diferentes para abrir uma empresa.