Frustração!

Esse foi o sentimento dos professores da Rede Pública Municipal de ensino logo após a audiência realizada na manhã desta quarta-feira, 26, no Ministério Público de Caruaru.

A intensão dos professores com a reunião era de quê a promotora Silvia Amélia pudesse intermediar e dar um avanço na negociação com o SISMUC REGIONAL e a Prefeitura Municipal, para que os docentes em greve há 32 dias voltassem à sala de aula para lecionar.

Como não houve nenhum acordo, a perspectiva não era das melhores para se chegar a um entendimento o mais breve possível.

Além da promotora Silvia Amélia e de diversos professores que tomaram o auditório do Ministério Público, participaram do encontro e das negociações, o Presidente do SISMUC REGIONAL, Eduardo Mendonça e o presidente da ATEC, Fred Santiago representando o movimento grevista e Luiz Neto que é Secretário Executivo de Administração de Caruaru e o procurador João Alfredo, ambos representando a Gestão Municipal.

De Acordo com Eduardo Mendonça, a prefeitura em nenhum momento se dispôs a negociar, apenas abriu uma possibilidade de negociação em caso da greve ser suspensa. “Os professores querem voltar a trabalhar, pois, lugar de professor é em sala de aula, porém, não tem como descruzar os braços tendo uma incerteza do futuro, exigimos pelo menos que alguns reparos de imediato sejam realizados, como a reposição dos 8.32% do Piso Salarial que é Lei Federal e alguns concertos imediatos nas estruturas físicas das escolas, Sinhazinha, Santos Anjos e do anexo do Laura Florêncio, para maior segurança dos alunos e professores.

Queremos que sinalizem algo de concreto, mas o que vemos é a resistência da gestão municipal em querer dar melhores condições no sistema educacional de Caruaru”, destacou Mendonça.

Os professores participam de nova assembleia na União Beneficente dos Artistas de Caruaru e não suspenderam a greve.

GOVERNO MUNICIPAL DE CARUARU A Prefeitura de Caruaru, diante da decisão do Sismuc de manter a greve dos professores, desrespeitando o Tribunal de Justiça do Estado, que declarou o movimento ilegal, informa que comunicará oficialmente à Justiça sobre a posição assumida pelo órgão classista.

A Prefeitura contratará professores através de seleção simplificada para substituir os faltosos e fará tudo ao seu alcance para restabelecer plenamente a normalidade do ensino nas escolas do Município.

Por último, o Governo Municipal reafirma que só negociará com o Sindicato com a volta imediata dos professores ao trabalho e que não entende a posição assumida pela categoria, a não ser por motivos de ordem política que não interessam às famílias, nem aos alunos da rede municipal de ensino.