Arco Metropolitano vai escoar produção da Fiat na Mata Norte.
Foto: Edmar Melo/JC Imagem O senador Humberto Costa (PT) revelou no início da tarde desta terça-feira (25) que o edital de licitação do Arco Metropolitano foi suspenso pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) porque o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou inconsistências no anteprojeto da obra, que foi elaborado pelo Governo do Estado.
A explicação foi dada em entrevista à Rádio JC News após conversa entre o senador e o ministro dos Transportes César Borges.
Por causa dos problemas no projeto, o Dnit deve preparar um novo edital que será lançado no mês de maio, adiantou o petista. “Foram identificados erros de cálculo e de informações desse material preparado pela consultoria que prestou serviços ao Estado”, afirmou.
Leia também: Dnit promete relançar licitação do Arco Metropolitano em prazo curtíssimo “Como se trata de uma obra de mais de R$ 1 bilhão e que tem uma relevância e uma importância muito grande, não houve por parte do Ministério e do DNIT o desejo de colocar em risco o processo de execução”, explicou Humberto, que é líder do PT no Senado.
A suspensão da licitação foi revelada pelo Jornal do Commercio desta terça (25).
Segundo a reportagem, o Dnit não revelou o motivo da paralisação.
Surgiu então o questionamento de envolvimento político, já que o governador Eduardo Campos (PSB) deve ser candidato à Presidência da República em oposição a atual presidente Dilma Rousseff (PT). “Tive do ministro César Borges a garantia de que o governo federal tem total compromisso com a obra do Arco Metropolitano por entender que ela é fundamental para a mobilidade urbana e para o desenvolvimento da economia de Pernambuco”, disse Humberto.
O Arco Metropolitano cria uma via alternativa ao fluxo de transportes no entorno do Grande Recife.
Além de contribuir para a mobilidade, a rota ajudará no escoamento da produção da fábrica da Fiat que está sendo construída em Goiana, na Mata Norte, a 62 quilômetros do Recife, até o Porto de Suape.
HISTÓRICO - Projetado há anos, o Arco Metropolitano seria feito pelo Governo do Estado através de uma parceria público-privada (PPP) cuja previsão orçamentária era de custar pelo menos R$ 1,2 bilhão.
Em abril do ano passado, a obra passou a ser responsabilidade do governo federal após as primeiras investidas presidenciais do governador Eduardo Campos.
O edital suspenso pelo Dnit foi lançado em 18 de dezembro do ano passado.
As obras são tocadas no modelo de Regime Diferenciado de Contratação (RDC) e, por isso, tem orçamento desconhecido.
Como a iniciativa integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os recursos não devem ser contingenciados pelo Planalto.