O Porto de Suape aumentou sua capacidade operacional para movimentar graneis líquidos, que compreendem produtos químicos e derivados de petróleo, como gasolina, diesel, álcool e óleo combustível.

As obras de reforço da estrutura do Píer de Graneis Líquidos 1 (PGL1), iniciadas em fevereiro, foram concluídas neste mês e a Capitania dos Portos já autorizou o porto a operar dois navios de 200 metros de comprimento e 45 mil toneladas de porte bruto (TPB) de uma só vez.

A novidade está sendo divulgada hoje (25/3) aos participantes da primeira edição regional da Feira Internacional de Intralogística – Movimat Nordeste, que começou nesta terça-feira e vai até a próxima sexta-feira (28/3), no Cabo de Santo Agostinho.

Antes do reforço do PGL1, Suape só operava no píer um navio de 200 metros e outro de até 145 metros simultaneamente.

Os graneis líquidos configuram-se como o principal tipo de carga em Suape.

Em 2013, eles somaram 56% do total de 12,8 milhões de toneladas movimentadas no porto.

Com o reforço da estrutura, estima-se uma redução de até 20% no tempo de espera para atracação de navio no PGL1.

Anteriormente, a média era de 37 horas. “Esse aumento da capacidade do píer implicará redução de custos para os armadores, importadores e exportadores, ao mesmo tempo em que significará maior rotatividade de navios, com incremento na movimentação de cargas e consequente aumento de receita do porto”, declarou o vice-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Caio Ramos.

O PGL 1 é considerado um dos píeres mais estratégicos do porto, por receber grande variedade de cargas.

Ao todo, Suape possui quatro píeres de graneis líquidos, que juntos movimentaram, no ano passado, 7,3 milhões toneladas.

Com o fim da obra no PGL1 e retomada da sua operação, Suape passará por nova intervenção para garantir mais infraestrutura e, assim, aumentar sua competitividade ante os demais portos públicos brasileiros.

O próximo píer que se submeterá a obras é PGL2, hoje o píer de maior capacidade de movimentação, com recepção de navios petroleiros tipo Aframax (com capacidade de 800 mil barris) e outras embarcações com até 280 metros de comprimento e até 90 mil TPB.

No PGL2, ocorrerá a troca dos dutos de 8 polegadas por outros de maior capacidade, que poderão até quadruplicar a vazão dos derivados de petróleo, incluindo petróleo cru e gás de cozinha (GLP).

Com as novas dutovias, a produtividade da operação dos navios aumentará em até 35%.

O serviço será iniciado em abril, com previsão para ser concluído em maio.

Todos esses serviços nos píeres, com a colocação de todos os dutos necessários para atender a Refinaria Abreu e Lima, incluindo os dos PGLs 3A e 3B, atualmente em instalação, somam R$ 670 milhões.