Foto: Aluisio Moreira/SEI Com agenda em Petrolina, cidade a 703 quilômetros do Recife, na manhã desta sexta-feira (21), o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) cobrou da presidente Dilma Rousseff (PT) que ela cumpra o papel para o qual foi eleita: fazer o País avançar mais do que durante o governo Lula (PT). “Ela foi eleita para melhorar o Brasil e o Brasil não tem melhorado”, afirmou o presidenciável. “Em hora nenhuma faltamos com respeito a presidenta.
Nem como pessoa, nem como a nossa presidenta da república.
Agora nós temos uma constatação que o Brasil tem”, justificou Campos. “O Brasil parou de melhorar, sob o comando dela”, disse.
Num dado momento, o governador chegou a dizer que existem “raposas” cercando o Palácio do Planalto.
Leia também: Eduardo Campos diz que já apoiava Lula antes de alguns petistas Campos teve três agendas no município, como parte da maratona de visitas e entrega de obras na saída do governo.
Ele renuncia ao mandato de governador no dia 4 de Abril para disputar a Presidência da República contra Dilma.
Questionado pela imprensa, o governador negou que tenha torcido contra o sucesso da gestão Dilma. “Nós discutimos com o governo o tempo todo.
Eu procurei ajudar o governo que eu ajudei a eleger”, defendeu. “No primeiro ano achávamos que o governo ia fazer uma continuidade e melhorar o que Lula tava fazendo, que ia ter uma mudança política, que o centro do governo não ia ser aquela aliança velha, mofada, de Brasília, de costas para o povo”, afirmou. “Cada vez mais as forças de esquerda progressistas foram sendo colocadas de lado e o fisiologismo foi ficando no centro do governo.
E nós chamamos a atenção disso”, disse.
Para Campos, o PT iniciou, então, um processo de distanciamento político da sociedade. “Em 2012 nós disputamos seis capitais com o partido dos trabalhadores.
Passada a eleição, eu procurei a presidenta.
Disse: presidenta, nós temos divergências com a condução do governo, é preciso mais diálogo, o pacto na rua, o que a sociedade quer não é essa aliança que está aqui.
Tem que arejar isso aqui, tem que renovar isso aqui.
Falei isso, não foi pelos jornais, falei isso pessoalmente”, garantiu.
PROJETO PESSOAL - O governador pernambucano também negou que a sua candidatura presidencial seja um projeto pessoal. “Se eu tivesse em busca de um projeto pessoal, os jornais estão cheios de notícias de um convite pra eu disputar a eleição em 2018”, lembrou, sobre a queixa petista de que ele poderia ter sido candidato com apoio do PT dentro de quatro anos. “Eu poderia ser candidato nessa eleição, não ser, ficar no governo até o fim, ser candidato ao Senado, não teria problema nenhum”, disse, querendo afastar a ideia de que tem interesse pessoal na disputa. “O problema é que o Brasil não pode esperar”, justificou.
Mesmo sabendo que a candidatura é o caminho mais difícil, Campos disse que o caminho escolhido é o mais bonito porque permite discutir o Brasil do futuro.
Em junho, derrubaram um pedaço do muro que separa o mundo real dos brasileiros, onde eu vivo, daquele mundo de Brasília.
E o outro pedaço do muro, vai derrubar nas urnas.
Pode escrever", garantiu.
Colaborou Blog da Josélia.