Foto: Lia de Paula/Agência Senado O senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, rebateu nessa quinta-feira (19) as críticas do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) a compra de uma refinaria em Passadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, que custou mais de US$ 1 bilhão aos cofres públicos brasileiros.
Para o petista, ainda não é possível dizer se o negócio causou prejuízo para a empresa brasileira. “Não temos sequer essa informação.
Essa compra tem sido objeto de avaliação, de investigação pela própria Petrobras, pela CGU e TCU e até o presente momento não se pode afirmar que essa aquisição tenha sido danosa para a Petrobras e para o nosso País”, argumentou Humberto.
O senador petista também lembrou que tanto o presidente da Petrobras da época, sérgio Gabrielli, quanto a atual presidente, Graça Foster, já justificaram a compra dizendo que ela teria sido baseada no mercado naquele momento.
Para Humberto, o panorama do mercado mudou dois anos após a compra, com a crise internacional. “Naquele momento, o Brasil havia decidido que precisava ampliar a sua capacidade de refino de óleo pesado, inclusive no exterior.
E foi identificada a possibilidade, nos Estados Unidos, de aquisição dessa empresa.
Duas empresas de consultoria (uma foi o Citybank) respaldaram a tomada de decisão do ponto de vista estratégico para a Petrobras”, afirmou.
O senador também defendeu a presidente Dilma Rousseff (PT) das críticas por ter aprovado a compra da refinaria.
Em 2006, Dilma ocupava a presidência do Conselho de Administração da Petrobras. “A decisão, para chegar ao Conselho, passa pelo preparado e competente departamento jurídico e pela diretoria.
Quando chega ao Conselho, não se entrega a cada conselheiro uma cópia do contrato para que ele faça um estudo.
Não se pode julgar a competência, a capacidade de gestão da Presidenta por conta desse episódio”, disse.