Não bastasse a falsa polêmica em torno do edifício Caiçara, tem mais.

A quem interessa o congelamento do mercado imobiliário local?

Ao comprador de imóveis é que não é, pois só vai beneficiar a especulação, não quem produz imóveis ou quem precisa deles para morar.

O resto é conversa fiada, demagogia sem valor.

O vereador Raul Jungmann (PPS), líder da bancada da oposição, pedirá à presidência da Câmara Municipal a criação de uma comissão permanente para discutir a revisão do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS) do Recife.

Essa foi uma das decisões tomadas na audiência pública realizada nesta terça-feira (18), no Plenarinho da Casa de José Mariano, quando se debateu a necessidade de alteração dessas normativas.

O indicativo para abertura dessa comissão teve o aval dos vereadores Jurandir Liberal e Isabela de Roldão, que participaram da audiência.

O vereador Eriberto Rafael também compareceu, mas chegou depois dessa proposta.

Raul Jungmann sugeriu a realização de uma reunião pública nos próximos 30 dias e a montagem de uma mesa de diálogo informal para que haja uma continuidade na discussão sobre o tema. “Esta audiência é apenas um processo inicial.

Não deve e nem vamos deixar parar”, frisou o pós-comunista. “A Lei de Uso e Ocupação do Solo, por exemplo, teve sua última revisão há 18 anos.

As diretrizes estão superadas.

Hoje a cidade é outra.

Muitas coisas mudaram nesse período”, acrescentou Raul Jungmann. “Temos que abrir o debate para sociedade, de maneira que ela colabore com a revisão, juntamente com o poder público e setores imobiliários, tornando a cidade num local mais agradável para se viver.

A nossa prioridade deverá ser buscar o bem-estar das pessoas”, acrescentou.

Também participaram da audiência Antônio Alexandre, secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano do Recife, o arquiteto e urbanista César Barros, Ângela Carneiro, representante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco, Eduardo Fernandes de Moura, presidente da ADEMI, Ronaldo Coelho, representante da ONG Habitat, e Evelyne Labanca, diretora-presidente do Instituto da Cidade do Recife Pelópidas Silveira (ICPS).