Foto: Aluisio Moreira/SEI Candidato de oposição à presidente Dilma Rousseff (PT) na disputa pelo Planalto, o governador Eduardo Campos (PSB) aproveitou o anúncio do repasse de mais R$ 241 milhões para o novo Fundo Estadual de Apoio aos Municípios (FEM) para criticar o modelo de distribuição de recursos pela União para estados e municípios.
O governador criticou, principalmente, a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), realizado pelo governo federal no ano passado e que contribuiu para encurtar os repasses para as prefeituras.
Leia também: Em acordo com João Lyra, Eduardo Campos anuncia R$ 241 milhões para ajuda a municípios Primeira parcela do novo FEM sai no dia 30 de junho para evitar calendário eleitoral “Todo político gosta de ser amigo do prefeito em época de eleição.
Agora tem que ser amigo para fazer a gestão dele”, afirmou.
O governador apresentou dados para justificar que a União centralizou a arrecadação federal ao longo dos anos, sacrificando os municípios. “Em vez de buscarmos o equilíbrio, causamos desequilíbrio no mecanismo que era para equilibrar”, discursou, sobre o impacto da redução do IPI no Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Falando para uma plateia de prefeitos, Campos também lembrou dos benefícios da nova Lei do ICMS, criticou a prioridade dada pelo governo federal para a manutenção da conta de energia, ao contrário dos investimentos em educação, e criticou os políticos que querem resolver os problemas com “palavrório” e não com “gestos”, mesmo sem citar o nome de Dilma. “Nunca faltou boa vontade da nossa parte”, disse.
O governador também defendeu o modelo do fundo estadual. “Não é só para os amigos, correligionários ou quem está próximo.
Aqui é FEM para todos”, disse. “Quem escolhe a prioridade é quem está perto do povo”, completou, sobre os projetos serem formulados pelos próprios prefeitos.