Por mais que existam inúmeras denúncias de corrupção envolvendo base aliada e governo, manifestações nas ruas por centenas de motivos e uma oposição persistente em emplacar frases e sensações de improbidade no cenário brasileiro, com uma apologia de que o país pode mais, o clima de continuísmo tende a se fortalecer nos próximos meses.
Para o professor Roberto Gondo, especialista em comunicação política da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o ambiente se apresenta morno demais na esfera federal, controlado pela situação e mantendo o ritmo de denúncias e problemas governamentais complexos para o interesse de grande parte do eleitorado, que mantém a pauta política em uma das últimas colocações na sua lista de prioridades, enriquecendo o senso comum de que na política ninguém tem competência ou valor, e que por consequência, seja mantido como está. “O espírito do continuísmo caminha aterrorizando mais uma vez a oposição que sente na pele o medo de morrer novamente na praia do resultado eleitoral”, conclui o professor.