O suplente André de Paula, do PSD, vai assumir a vaga deixada na Câmara Federal pelo deputado pernambucano Sérgio Guerra (PSDB), que morreu nesta quinta-feira em Paulo.
André de Paula, que já foi deputado federal, praticamente toda a vida se elegeu pelo PFL e Democratas.
Porém, com a derrocada da União por Pernambuco em 2010, capitaneada por Jarbas, ele não conseguiu se eleger.
Mas André de Paula voltou à cena política por obra e graça de Eduardo Campos, a quem o PSD pediu ajuda para implantar o partido no Estado, a pedido de Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo.
Sobre o falecimento de Guerra, comentou: “Hoje foi um dia muito triste para sua família, para Pernambuco, porque nós perdemos, de fato, um político diferenciado.
Alguém que marcou muito intensamente toda a sua trajetória na vida pública.” A grande ironia do destino é que André de Paula assuma agora o posto de Sérgio Guerra.
Quando perdeu as eleições para a Câmara dos Deputados, André de Paula atribuiu, entre outros motivos, a queda pessoal naquelas eleições justamente a uma disputa por votos com o líder do PSDB Sérgio Guerra, envolvendo o então prefeito Cal Volia, de Itapissuma.
Para ampliar a calda de seu partido em todo o Estado, Sérgio Guerra fechou um acordo com Volia (PSDB), cujo pai Paulo Volia (DEM) que a vida toda fez dobradinha com André de Paula.
Ao invés de ter 9 mil votos por lá, teve apenas 1 mil.
Não foi a causa, de fato, mas foi determinante para que André de Paula não pudesse renovar o mandato.
Os dois, nem por isto, deixaram de ser amigos. “Andei com ele pelo Estado, pedi voto para ele.
Sempre me tratou com muita decência.
Ele me explicou que não dava para abrir mão do acordo com Volia (prefeito, do PSDB) pois não queria correr risco, precisava dos votos.
Não dava para liberar Cal Volia para votar em mim pois ele precisava de segurança.
Só haveria ajuda a mim se fosse possível.
Infelizmente, não foi possível e eu entendi”, informou, contando que ele teve mil votos na cidade e Guerra quase 3 mil.
André de Paulo deixou de eleger-se por cerca de 7 mil votos.
Na cidade, ele fazia dobradinha com o pai do prefeito, Paulo Volia, que sempre foi do Democratas.