André Régis, especial para o Blog de Jamildo Fui pego de surpresa com a notícia, logo pela manhã, da morte de Sérgio Guerra.

Eu estava indo para um debate numa emissora da rádio quando soube do fato (pelo Blog de Jamildo).

Em primeiro lugar gostaria de enviar minha solidariedade à família do nosso ex-presidente e grande líder.

Vinha acompanhando a luta de Sérgio Guerra pela vida há cerca de um ano.

Ele sempre se mostrou um lutador incansável contra a doença.

Inclusive fazia referencias a detalhes sobre o tratamento experimental a que vinha se submetendo e fazendo até cálculos do ponto de vista das estatísticas dos resultados desse tratamento. É inacreditável como ele mantinha a cabeça e se colocava diante dessa luta. É lamentável que ele não tenha conseguido vencer sua última disputa.

Eu entrei na política em 2008 quando Sergio Guerra era o presidente do PSDB.

Escolhi o partido como resultado dos nossos primeiros encontros, inclusive na residência dele onde gostava de receber os amigos e políticos.

Posso dizer que ao longo desse período eu fiz um novo doutoramento em política aprendendo com a sua capacidade analítica, a sua forma de fazer política e a sua visão nacional de distinguir quais eram os grandes atores daqueles instantes.

Foi para mim um grande privilégio ter compartilhado da companhia de Sergio Guerra e vivenciar a sua liderança.

Quando cheguei ao PSDB disputei um mandato em 2008 e fiquei na primeira suplência, quando fui convidado por ele para presidir o Instituto Teotônio Vilela aqui no Recife.

Em poucos meses ele me levou para Brasília e como era presidente nacional do partido, me colocou na diretoria nacional de Estudos e Formação do Instituto Teotônio Vilela.

Aí eu passei a ter um contato com ele, observando todo um trabalho de preparação para a eleição presidencial de 2010.

Sergio Guerra exerceu um papel fundamental para a união do partido naquele momento, pois a disputa entre Jose Serra e Aécio Neves poderia ter custado uma divisão permanente na legenda e ele teve condições de conduzir o processo de tal forma que o PSDB, mesmo perdendo a eleição daquele ano, saiu inteiro do episódio.

Acompanhei de perto as negociações, inclusive com comentários dele a respeito de um trabalho que realizamos nacionalmente contendo uma mensagem do PSDB ao país.

A partida de Sergio Guerra vai deixar uma grande lacuna em Pernambuco e na politica brasileira.

Sergio exerceu um papel relevante de moderador dentro do partido, criando uma perspectiva de unidade que viria a prevalecer.

Esse foi sem dúvida alguma, o seu grande feito tanto nas eleições de 2006 quanto nas eleições de 2010.

Sergio Guerra vai fazer muita falta no plano nacional e em Pernambuco onde ele exercia também uma grande influência e liderança na condução dos fatos políticos” disse André Régis.