Foto: José Cruz/ABr Reportagem da Folha de S.

Paulo desta quarta-feira (5) diz que a Rede Sustentabilidade, o partido criado pela ex-senadora Marina Silva que não possui registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está em situação de “contenção de despesas”, uma vez que não tem direito ao fundo partidário; recurso que mantém com dinheiro público as siglas devidamente registradas no Brasil.

Segundo a reportagem, o PSB, que possui uma aliança programática com a legenda tem bancado sozinho os cinco encontros regionais que os partidos marcaram para a elaboração do programa de governo.

Marina ingressou no PSB em outubro, depois de ter o registro da Rede negado pelo TSE.

Ela deve ser candidata a vice-presidente na chapa do governador Eduardo Campos (PSB).

Apesar do registro de vários militantes da Rede no PSB, a agremiação ainda atua como um partido independente.

Eles, porém, não precisam prestar contas das finanças ao TSE e não repassaram dados da execução financeira ao jornal.

De acordo com a apuração da Folha, a falta de dinheiro estaria prejudicando, inclusive, a marcação de uma convenção da legenda.

As principais fontes de financiamento da Rede são a doação de simpatizantes e a contribuição dos cinco mil pré-filiados, que podem contribuir com até 5% do salário líquido, caso possuam mandato.

Esse dinheiro é gerido por uma associação criada pelo partido e é o que banca as viagens de Marina pelo País.

Em entrevista ao partido, o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que o PSB se disporia a pagar os eventos exclusivos da Rede, caso fosse solicitado.

De acordo com Siqueira, a lei permite porque Marina é, oficialmente, filiada ao partido.