Foto: BlogImagem Um dos principais aliados do senador Armando Monteiro (PTB), o deputado federal Sílvio Costa (PSC) subiu o tom e criticou na manhã desta quarta-feira (26) a escolha do nome do secretário da Fazenda Paulo Câmara como candidato do PSB à sucessão do governador Eduardo Campos (PSB). “O povo de Pernambuco, em outubro, vai querer eleger um governador, e não um governado”, afirmou, em entrevista à Rádio JC News. “Pernambuco sabe que o governador escolheu um candidato para que ele pudesse comandar”, bateu ainda o deputado federal, que classificou o modo de gestão do PSB como uma monarquia.
No lançamento oficial da chapa, há dois dias, Câmara garantiu a Campos que continuaria sendo liderado pelo atual governador.
Ouça a entrevista no site da Rádio JC News. “É que, provavelmente, é o mais fácil de ser governado, de ser controlado”, classificou Sílvio, sobre a escola de Câmara.
Para o deputado, foi uma decisão traumática e vai trazer efeitos colaterais; sugerindo que algum insatisfeito pode trabalhar pelo PTB ou não se empenhar no apoio a Câmara. “O ser humano não tem vocação para ser masoquista”, disse ainda, afirmando que há muita gente insatisfeita, apesar das declarações de unidade.
Na segunda (24), em conversa exclusiva com o Blog de Jamildo, o vice-governador João Lyra afirmou ver unidade na Frente Popular e ter recebido com tranquilidade a indicação de Câmara.
As falas foram dirigidas diretamente ao secretário de Governo do Recife, Sileno Guedes, que em uma entrevista anterior havia comparado a candidatura de Armando Monteiro a um projeto pessoal.
Ele é presidente estadual do PSB.
Para Silvio Costa, se a postulação de Armando pode ser classificada como projeto pessoal por ter o apoio de poucos partidos, como declarou Sileno, o mesmo deve ser dito do voo presidencial de Campos; que até agora só atraiu o PPS para a chapa. “A candidatura do governador interessa a Pernambuco ou ao PSB?”, questionou, antes de declarar que o partido precisa falar a verdade e ter humildade de reconhecer que foi Armando que apresentou a Campos o modelo de gestão adotado no Estado, através de seus contatos na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Sílvio Costa ainda afirmou que o governador Eduardo Campos está refundando a União por Pernambuco ao se aliar a figuras como o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) e o deputado federal Sérgio Guerra.
Ele ainda questionou o slogan da “nova política”, usado pelo PSB, ao lembrar que o deputado Raul Henry (PMDB), que será vice de Câmara, já foi vice do ex-governador Roberto Magalhães em 1996.