Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Com o argumento de que “não se pode tapar os ouvidos para a sociedade”, o secretário de Turismo do Recife, Felipe Carreras, afirmou que não haverá ônus para a Prefeitura do Recife com o cancelamento dos camarotes oficias no Carnaval, apesar de a decisão ter sido tomada a menos de quatro dias para o início da Folia de Momo.
Sobre o cumprimento dos contratos já acertados com fornecedores, como buffet, decoração e segurança, houve uma transferência de responsabilidade para a organização do Galo da Madrugada.
Segundo Carreras, já havia a intenção dos organizadores do Galo em expandir a quantidade de camarotes, mas não tinha mais espaço. “Eles tinha feito solicitação para criação de mais camarotes, só que não havia mais área no trajeto.
Então, [com o cancelamento dos camarotes da PCR e do Governo] eles vão entrar em contato com os fornecedores e fazer um distrato.
Não vai mais ter nenhum recurso público”, afirmou o secretário. “Este é um formato vencido e o prefeito tomou a decisão visando economizar e evitar prejuízos”, acrescentou Carreras.
Ao adotar discurso semelhante ao do prefeito Geraldo Julio, que afirmou ser um gestor que gosta de “escutar as pessoas e o sentimento delas em relação à cidade”, o secretário negou que a decisão tenha sido tomada por temor aos protestos.
Um evento criado no Facebook contra os camarotes tem mais de 16 mil pessoas convidadas, dos quais 701 confirmaram participação.
Indagado sobre possível vinculação da decisão com uma postura eleitoral, o secretário afirmou que “se as decisões forem boas para a população, elas podem ser tomadas até um dia antes”.