Pernambuco foi o estado escolhido pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) para receber o primeiro ato oficial de lançamento da pré-candidatura de José Maria de Almeida, o Zé Maria, à disputa da presidência da República na próxima eleição.

Na ocasião o partido também lançará a pré-candidatura de Jair Pedro da Silva à disputa em nível estadual.

No debate, os pré-candidatos irão reafirmar o chamado para a formação de uma Frente de Esquerda em 2014, tanto para presidência quanto para governo de Pernambuco. “Para o PSTU as pré-candidaturas de Dilma Roussef (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos/Marina Silva (PSB/REDE) representam os interesses econômicos dos ricos e não servem à classe trabalhadora.

Por isso, o partido lança as pré-candidaturas, pois acredita que, nas próximas eleições, é necessário ter uma candidatura que expresse o novo momento do país, após as grandes mobilizações de junho e das paralisações nacionais dos trabalhadores (11 de julho e 30 de agosto)”.

O evento acontece nessa quarta-feira (26), a partir das 19h, na sede do MTC (Movimento dos Trabalhadores Cristãos), localizado na Rua Gervásio Pires, 404, no bairro da Boa Vista, próximo ao novo estacionamento do Shopping Boa Vista.

Outro tema que deverá ser abordado no evento é o que eles chama, de “criminalização dos movimentos sociais”.

Dilma já assinalou que irá utilizar as Forças Armadas nos atos durante a Copa e para Jair Pedro essa medida deverá ter apoio do atual governo de Pernambuco, mesmo que extra-oficialmente. “Eduardo Campos tentou passar um clima de paz nas grandes manifestações de rua em junho, mas essa farsa acabou logo.

Ele colocou a polícia para cima de estudantes e trabalhadores, muitos foram presos e ainda respondem processos.

Muitos foram violentados, feridos e perseguidos.

Infelizmente, essa é a realidade em todo país”, lembra Jair Pedro, pré-candidato socialista ao governo do estado.

O ato de lançamento também reforça o chamado a formação de uma Frente de Esquerda em nível nacional e estadual com PSOL e PCB mediante alguns critérios para que seja realmente seja classista e socialista. “A Frente deve ser oposição de esquerda ao Governo Dilma e a Eduardo Campos que se dizem socialista, mas não rompem, por exemplo, com modelo econômico que privilegia os bancos e empresas”, esclarece Jair.

O partido também “exige” que a Frente de Esquerda defenda o não pagamento da dívida interna e externa, o fim das privatizações e a estatização das empresas privatizadas, bem como, entre outros pontos, o não financiamento das campanhas por empresas para manter independência política.