O perfil técnico do secretário estadual da Fazenda, Paulo Câmara, se sobrepôs aos nomes políticos na corrida à sucessão estadual.

Formado em economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Câmara tem 42 anos e é casado com a juíza Ana Luiza, filha de uma prima do governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB).

Pós-graduado e mestre em gestão pública, o secretário é um dos idealizadores do Fundo Estadual dos Municípios (FEM), que viabilizou o repasse de R$ 228 milhões a prefeituras de Pernambuco em 2013.

Estreante na política, o economista nunca disputou um cargo público.

No entanto, já foi escalado duas vezes pelo governador Eduardo Campos para resolver problemas da gestão.

Com a indicação para concorrer à sucessão estadual, Câmara resolve um problema político dentro do PSB.

A escolha de Câmara surge como uma tentativa de repetir a eleição de 2012.

Semelhante a Geraldo, responsável pelas reuniões de monitoramento do Pacto pela Vida e considerado uma pessoa extremamente organizada, o secretário da Fazenda já capitaneou as pastas de Administração e Turismo, na primeira gestão de Eduardo Campos, no período em que as pastas enfrentavam dificuldades.

Ele assumiu a gestão com a missão de ‘colocar ordem na casa’.

Um dos méritos ao ficar à frente da pasta da Administração, em 2006, foi organizar o calendário de pagamento dos servidores.

Depois assumiu a Secretaria de Turismo, após a renúncia de Silvio Costa Filho, investigado (e, posteriormente, inocentado) no esquema dos “shows fantasmas”.

Nas eleições municipais de 2012, ele foi um dos nomes cotados, mas não chegou a ser exonerado, como aconteceu com os socialistas Tadeu Alencar (Casa Civil), Danilo Cabral (Cidades), Sileno Guedes (Articulação Política) e Geraldo Júlio (na época secretário de Desenvolvimento Econômico).

Considerado um gestor de perfil discreto e eficiente, Paulo Câmara é tido como um técnico competente e profissional empenhado nas lutas do partido.