O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem, filiado à CUT Pernambuco, revela o tamanho da crise de desemprego a que estão sendo submetidos os trabalhadores do setor têxtil no município do Paulista/PE. “O município de Paulista foi historicamente uma referência no desenvolvimento do setor têxtil de Pernambuco.
No entanto, nos últimos anos, a classe trabalhadora tem sido submetida a um processo de demissão dos seus postos de trabalho, apesar de alguns incentivos fiscais recebidos por empresas do segmento”.
De acordo com o Sindicato, a Empresa Fiação Alpina do Nordeste S/A, está liderando o ranking das demissões sob o argumento da invasão de produtos asiáticos e do aumento da tarifa de energia elétrica.
Desde de ano passado até janeiro de 2014 já se foram contabilizadas 74 demissões, sem nenhuma informação concreta ao Sindicato e sem buscar alternativas, o que aponta para o aumento do caos social e da violência urbana. “Fomos pegos de surpresa na última quinta-feira (6), com a a notícia que esta empresa irá demitir mais 25 trabalhadores, assim como está programando férias coletivas de 10 dias para cerca de 50 trabalhadores, o que faz pensar em algo a mais para o futuro”, diz o presidente Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem do Paulista, Herman Francisco da Penha.
Ele disse ainda que em outra grande empresa, a multinacional Tavex Brasil S/A, já correm rumores de férias coletivas em duas etapas: uma no início de março e outra para meados de junho deste ano.
O presidente Herman da Penha está mobilizando a classe e os poderes públicos governamentais, através de uma audiência pública, com objetivo de discutir e propor ações, focando as prioridades da luta dos tecelões.
A CUT Pernambuco divulgou que está se juntando à luta do Sindicato de buscar junto aos governos federal, estadual e municipal, além de meios para garantir os postos de trabalhos no setor têxtil do Paulista.
De acordo com o presidente da Central, Carlos Veras, a onda de demissões agrava o quadro de desemprego em Pernambuco. “Estamos juntos em defesa dos interesses da classe trabalhadora e mobilizando os poderes públicos governamentais, através de uma audiência pública, com objetivo de discutir e propor ações, focando as prioridades da luta dos tecelões”, pontuou.