Neste fim de semana (15 e 16), os Correios entregaram 4,37 milhões de cartas e encomendas, no mutirão realizado nos 12 Estados em que há paralisação parcial e na Bahia, onde o movimento foi encerrado na semana passada.

Além disso, mais de 8 milhões foram triados (preparados para a entrega).

O mutirão, que contou com a participação de 10 mil trabalhadores e 3,5 mil veículos, faz parte do plano de continuidade de negócios da empresa para garantir a prestação de serviços à população.

O levantamento desta segunda-feira (17) mostra que 96,08% do efetivo dos Correios do Brasil não aderiu à paralisação — o equivalente a 120.508 trabalhadores — cerca de 1.000 trabalhadores retornaram às atividades na última semana.

Nos locais em que há paralisação deflagrada, o movimento está concentrado na área de distribuição — do total de 21.245 carteiros que deveriam trabalhar hoje nesses Estados, 4.392 não compareceram (20,67%).

Em Pernambuco, 75% do efetivo esteve presente nesta segunda-feira (17), o que representa 2.928 empregados trabalhando normalmente.

Dos carteiros, 57,34% do efetivo previsto não compareceu, o que corresponde a 836 profissionais.

Todas as agências estão abertas e todos os serviços, inclusive o SEDEX, estão disponíveis — com exceção dos serviços de entrega com hora marcada em algumas localidades.

Mesmo com a baixa adesão, a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) deixou de cumprir a ordem judicial de manter efetivo mínimo de 40% em 60 unidades operacionais.

Na semana passada, a Justiça do Trabalho negou liminar à Fentect, que buscava a suspensão da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) e dos benefícios já adquiridos pelos 19 sindicatos de todo Brasil que participam da mesa — como o adicional de 30% às carteiras gestantes que atuem em atividades internas.

A Justiça do Trabalho também já havia cassado liminar do sindicato dos Correios no Piauí, que se recusa a participar da mesa de negociação mas, contraditoriamente, buscava estender à sua base os benefícios conseguidos pelos outros sindicatos que estão na MNNP.