Foto: Agência Brasil O governo brasileiro pode trabalhar para agilizar o processo de julgamento do pedido de refúgio da médica cubana Ramona Matos Rodriguez, que abandonou o programa Mais Médicos no início deste mês.

Em reunião com o deputado federal Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara, na manhã desta terça-feira (18), as ministras dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, prometeram trabalhar para dar celeridade ao pedido.

Inicialmente, a expectativa era que o pedido só fosse analisado após as eleições, em outubro.

O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) só analisa os pedidos após realizar diligências para avaliar as denúncias apresentadas pela médica; o que poderia levar o processo ainda para o próximo ano.

O pedido de refúgio foi protocolado no dia 5 deste mês pelo Democratas, partido ao qual Ramona pediu auxílio após deixar a cidade onde estava trabalhando no Pará.

A médica alega, principalmente, que ela ganha apenas 10% do que médicos de outras nacionalidades para trabalhar no Mais Médicos, ficando o resto do valor para o governo cubano.

A partir do momento em que foi protocolado o pedido, Ramona passou a ter a autorização provisória para continuar no Brasil até a análise do pedido de refúgio.

Com a situação legalizada, ela já alugou um apartamento e está trabalhando na Associação Médica Brasileira.