Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Por Gabriela López Do Jornal do Commercio desta sexta-feira (14).

O senador Armando Monteiro Neto (PTB) e a direção do PT de Pernambuco, à frente a presidente estadual, deputada Teresa Leitão, devem iniciar após o Carnaval, no próximo mês, um roteiro conjunto de conversas com lideranças e representantes de movimentos sociais.

O parlamentar, que deseja apoio dos petistas para sua candidatura a governador, tem encontrado resistência de correntes internas do PT e de sindicatos ligados ao partido.

Após viver quase dois anos de disputas internas por desentendimentos em torno do candidato que deveria disputar a eleição para prefeito do Recife em 2012 - entre outras questões -, o PT passa por um processo de “pacificação”.

Para evitar o mesmo desgate de 2012, foi criada uma comissão para discutir o melhor posicionamento do partido no pleito deste ano.

Algumas tendências locais defendem o lançamento de um nome próprio, apesar de a direção nacional - com o aval decisivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - já ter praticamente fechado com Armando Monteiro.

A ideia do roteiro conjunto de conversas é aproximar o senador do PTB da base petista e começar a formação do programa de governo.

Oficialmente, o PT anunciará sua posição sobre a eleição estadual no próximo mês.

Independentemente dos petistas, o senador (ex-presidente da Confederação Nacional das Indústrias, a CNI) já tem buscado ampliar o diálogo com entidades ligadas aos trabalhadores, segundo interlocutores.

Esteve, por exemplo, com ex-presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) - que, apenas em Pernambuco, tem mais de 200 sindicatos filiados - e com representantes dos previdenciários, dos sindicatos de servidores e da Federação de Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape).

A resistência à candidatura de Armando tem sido revelada com mais intensidade esta semana.

No ato de aniversário do PT, na segunda (10), panfleto distribuído pela tendência Alternativa Socialista Democrática defendia o lançamento de um nome próprio para fazer a defesa do legado do PT.

O texto foi assinado por 15 pessoas, entre eles o vereador do Recife Osmar Ricardo, a secretária de Mobilização, Paula Menezes, o presidente do diretório de Camaragibe, Paulo Wilton, e presidentes de zonais.

No mesmo dia, o presidente do PT do Recife, Oscar Barreto, demonstrou interesse em ser o candidato a governador.

Na quarta-feira, o presidente da CUT em Pernambuco, Carlos Veras, associou o senador às causas do segmento empresarial.