Foto: Diego Nigro/JC Imagem Fatalmente, um dia após as críticas dos deputados do PSDB, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), sobre o abandono nas obras do Presídio de Itaquitinga, o estouro da rebelião na Penitenciária Agroindustrial São João (PAISJ), localizada em Itamaracá, expôs a fragilidade no sistema penitenciário do Estado.

Dois presos morreram e mais de dez ficaram feridos no confronto desta quinta-feira (13).

Comissão da Alepe convocará audiência pública para cobrar melhorias no sistema prisional do Estado Na Alepe, Terezinha Nunes faz críticas à paralisação das obras do presídio de Itaquitinga Para a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), que atualmente figura na bancada chamada independente na Alepe, a situação nos presídios é antiga e as rebeliões são apenas um sintoma de que as unidades estão mal. “Infelizmente o governo do Estado atacou várias áreas sociais, mas não enfrentou o problema penitenciário.

Com o programa Pacto pela Vida, por exemplo, houve um aumento no número de presos, mas não investiram na ampliação das vagas”, argumentou a parlamentar. “Os juízes não têm para onde mandar os presos”, acrescentou.

A paralisação há dois anos das obras do Presídio de Itaquitinga, na Zona da Mata, que deveria receber os presos de Itamaracá, também é outro ponto criticado pela oposição.

O ex-deputado Pedro Corrêa (PP), condenado no processo Mensalão, inicialmente seria transferido da Penitenciária da Papuda, em Brasília, para a unidade de Itamaracá.

Mas, diante da falta de segurança do local, a defesa do político optou pela transferência para o Presídio de Canhotinho, no Agreste.

O Estado tem atualmente 29.967 detentos e um déficit de 19.467 vagas, o que coloca o Estado em primeiro lugar no País em percentual de presos por vaga.

A PAISJ é uma unidade de regime semiaberto e tem capacidade para 650 detentos, mas comporta 1.870 presos, dos quais 450 saem todos os dias para trabalhar, com uma tornozeleira de monitoramento.