A entrevista a Mônica Bérgamo e Antonio Lavareda no programa Ponto a Ponto deste final de semana, com Mozart Neves, abordou pontos nevrálgicos no sistema de ensino adotado pelo Brasil.

Entre eles, a distância abismal que se estabeleceu entre os primeiros anos de escola e a universidade.

Pesquisa elaborada pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), mostra que o Brasil figura em 39º lugar em um ranking global de qualidade de educação em uma amostra que reuniu 40 países.

Para Mozart, uma das soluções passa pela federalização da carreira de professor. “Uma carreira docente federativa é o único caminho para atrair os jovens para a carreira do magistério com salários atrativos, planos de cargos carreira e incentivos baseados em resultados.

Não há verbas, por exemplo, dos municípios para isso”, defende. “Mais de 67 milhões de técnicos serão necessários até 2015 e hoje, como não temos professores em larga escala aliado a um currículo que não dialoga com os jovens, não teremos professores no futuro para ensinar disciplinas de exatas nas áreas profissionalizantes”, pondera.

Mozart Neves é Membro do Conselho Nacional de Educação e Sócio-Fundador do movimento Todos pela Educação.

No ar, ele fala ainda sobre Plano Nacional de Educação, federalização da carreira do corpo docente, sistema de quotas e investimentos na formação de cursos profisisonalizantes.

Segundo ele, graças a esforços contínuos e avaliações periódicas realizadas em conjunto entre os Governos federal, estados e municípios desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso, os índices em relação ao ensino fundamental melhoraram significativamente. “Mas apenas 10% dos alunos que terminam o ensino médio aprenderam o que era esperado em matemática”, exemplifica, mostrando que a conta jamais irá fechar caso não haja um estímulo à carreira docente.

O programa vai ao ar neste sábado (15), à meia noite, na BandNews TV, com reprises no domingo (16) às 16h30, 20h30 e meia-noite.