O protesto tem como motivo o fato de que a estrutura necessária para as aulas do 6º período (laboratórios) simplesmente não existe.

Os laboratórios haviam sido prometidos no ano passado, em acordo entre a Universidade de Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde e a Prefeitura de Arcoverde.

De acordo com os estudantes, tanto a UPE quanto a Prefeitura cumpriram a sua parte do acordo, o que não ocorreu com a Secretaria de Saúde.

Ainda em meados do ano passado, ao se depararem com a inexistência da estrutura necessária para a aprendizagem dos fundamentos da prática odontológica, os estudantes adotaram a greve como busca de solução.

Mesmo à época aquela situação crítica já havia sido prevista, era do conhecimento de todos, tendo inclusive motivado reuniões das quais participaram estudantes, docentes e dirigentes institucionais (DCE, ADUPE, UPE) e governamentais (Governo do Estado e Prefeitura de Arcoverde).

Como resultado das reuniões, em outubro do ano passado a Reitoria da UPE, a Secretaria Estadual de Saúde e a Prefeitura de Arcoverde firmaram acordo objetivando salvaguardar a continuidade das atividades pedagógicas para o 5º período do curso de odontologia em Arcoverde.

Pelo acordo, a UPE faria adequações na matriz curricular do Curso, de modo que as disciplina práticas do 5º período seriam transferidas para o 6º Período, com o compromisso de que os ambientes necessários às aulas práticas estariam prontos e equipados no início do período letivo de 2014, esta última ação sob o custeio da Secretaria Estadual de Saúde e execução por parte da Prefeitura de Arcoverde.

Os procedimentos a cargo da universidade foram adotados.

Ocorre que, às vésperas do início do período letivo (6 de março), aquele compromisso firmado pela Secretaria de Saúde não foi cumprido, o que coloca os alunos do 6º período do curso de Odontologia UPE/Arcoverde em situação ainda mais crítica.

O fato é grave, já que sem os espaços e equipamentos necessários ao ensino da prática odontológica o projeto pedagógico do curso não poderá ser cumprido, o que poderá resultar no seu descredenciamento, bem como a não validação dos diplomas pelo Ministério da Educação.

Ressalte-se ainda o fato de se tratar da 1ª turma do Campus Arcoverde.

Os alunos prometem ocupara a Secretaria de Saúde até que a situação esteja resolvida.