Foto: Agnaldo Leonel/Divulgação A criação do Conselho Municipal de Políticas Públicas para a População LGBT está sendo questionada pela vereadora do Recife, Missionária Michele Collins (PP), integrante da Bancada Evangélica da Câmara dos Vereadores do Recife.
Como membro, Michele se reuniu com os outros integrantes, na última terça (11), com o prefeito do Recife, Geraldo Julio para rever o projeto, além de outras demandas.
A política questiona o fato do Conselho obter benefícios em relação aos demais.
Entre eles, a concessão de diárias, em caso de viagens à serviço, assim como a garantia de espaço físico e recursos financeiros para sua manutenção e funcionamento, conforme prevê os artigos 12º e 9º do Projeto de Lei nº 60/2013, do Executivo Municipal, respectivamente.
Para a vereadora, todos os conselhos precisam receber tratamento igual.
Por que o Conselho Municipal de Políticas Públicas para a População LGBT recebe tais benefícios e os outros não?
Os conselheiros que atuam nos outros também prestam serviços relevantes ao município. “Os Conselhos são formados por integrantes da sociedade civil que representam diversos segmentos, portanto, têm a mesma importância dos demais”, ressaltou defendendo o tratamento igualitário.
Segundo ela, a medida fere o princípio da Isonomia, previsto na Constituição Federal de 1988.
Michele considera ainda necessário aprofundar o debate em torno do tema.
Na opinião dela, existem outras prioridades. “Temos vários Conselhos nos municípios que precisam de investimentos em estrutura já que alguns não funcionam, a exemplo do Conselho Municipal de Política Sobre Álcool e outras Drogas.
Não estou entendendo por que tantos privilégios para esse segmento”, comenta, acrescentando que, inclusive vai propor a realização de uma audiência pública na Câmara para tratar a situação dos Conselhos do município.