Na manhã desta terça-feira (11), a diretoria executiva, inclusive o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, reuniram-se com a médica Ramona Rodriguez e consolidaram a proposta de trabalho na sede da AMB em Brasília.
Ela começa a trabalhar nesta quarta-feira (12) e irá atuar na área administrativa como assessora da diretoria e presidência da AMB. “Preciso trabalhar para ajudar minha família e para me manter e viver aqui.
Também quero ajudar os demais médicos cubanos que estão sendo tratados como escravos e ganhando diferente dos outros profissionais”, afirma Ramona.
Ramona terá uma remuneração de R$ 3 mil e todos os benefícios e garantias trabalhistas.
A AMB também irá auxiliá-la a encontrar uma moradia em Brasília, para que não se sinta insegura e possa se adaptar a uma nova rotina.
Sobre voltar a atuar como médica no Brasil, ela demonstrou-se disposta a se preparar e fazer a prova do Revalida para exercer a medicina no Brasil. “A AMB dará todo o apoio necessário e irá ajudá-la naquilo que for necessário para capacitá-la a revalidar o diploma médico”, disse o presidente da AMB. “Não podemos compactuar com a afirmação de que estes médicos estão fazendo um curso, recebendo uma bolsa de US$ 400.
Eles estão trabalhando.
Quem vier trabalhar no Brasil deve estar de acordo com nossas leis.
Não somos contra nenhum médico formado no exterior atuar em nosso país, desde que faça o exame de revalidação do diploma”, ressaltou Florentino Cardoso.
A AMB também está à disposição para dar apoio humanitário e garantir acesso a todos os instrumentos políticos e legais para viabilização do asilo político aos profissionais cubanos que estão atuando no Brasil.