Em defesa do PT Teresa Leitão Deputada Estadual PT/PE Em discurso na Alepe nesta quarta-feira O Partido dos Trabalhadores completa, no próximo dia 10 de fevereiro, 34 anos de vida.

Nascido na base do movimento de combate e resistência à ditadura militar, o PT fincou aí raízes profundas.

Tão profundas que até hoje permanecem.

Tão profundas que delas brotaram caules, folhas, flores e sementes.

Sim!

Do jeito que aprendemos na escola a definir as partes da árvore.

O PT chegou cedo ao governo, com apenas 22 anos de vida.

Na flor da maioridade, mas maduro na construção do projeto que lhe antecedera a fundação.

Ao logo desses 12 anos de governo, o PT espalhou a sombra das suas árvores por todo o Brasil e muitos nelas se organizaram, ajudando o país a crescer, a socializar riquezas e frutos, a replantar sementes, a gerar novas vidas e ideias.

Alguns saíram do grupo, é verdade, fundaram outros partidos ou se reposicionaram politicamente em outras paragens, como o PSTU, o Psol e mais recentemente a aliança PSB-Rede, esta última com o discurso da “nova política” e o argumento de que o solo brasileiro precisa de novos adubos.

Ontem, em Brasília, em mais um ato da campanha presidencial, a aliança PSB-Rede lançou o que seriam as raízes de uma plataforma de governo.

Não quero aprofundar nesses cinco minutos o conteúdo dos eixos, embora os avalie como recolocação de pontos já em debate na pauta do Brasil, como é o caso do Pacto Federativo e da Reforma Política.

Quero, sobretudo, destacar que a “nova política” não há de vingar como novidade por um motivo simples e de raiz: da forma como está sendo costurada e propagada, ela já nasce velha.

A presunção e a arrogância com que a aliança PSB-Rede coloca seu compromisso com a democracia, esquece que dirige suas críticas a uma mulher que, presa e torturada na ditadura, superou o fel do cárcere na vivência, na defesa e na promoção de um projeto democrático e popular para todos, tão sem cabresto como deve ser a liberdade da luta política.

Na luta política, quando o bom combate e a ousadia revolucionária dão lugar ao destempero e a prepotência, os “cabras” daqui chamam de “afoiteza”.

E o afoito está para a política como o menino ou a menina que se arrisca a nadar no mar revolto, achando simplesmente que não faz medo.

Não vai adiantar, para a afirmação do novo, separar Lula do PT. É verdade que Lula é maior do que o PT, mas sem o PT ele não seria Lula.

Isso parece medo da popularidade de Lula ou da contradição do discurso sob ameaça de sair do trilho mais cedo do que se espera.

A ansiedade do PSB-Rede contribui, a cada ato, para trazer à cena a agressividade do mofo e do entulho da velha política.

Vamos celebrar o aniversário do PT em todo o país tendo como um dos eixos a reeleição de Dilma.

E para os que desconsideram a dialética do velho e do novo, eu lembro uma canção popular de Roberto Carlos: “Eu sou aquele amante a moda antiga / do tipo que ainda manda flores / e apesar do velho tênis e da calça desbotada / ainda chamo de querida à namorada”.

Assim como no amor, na política o velho é quem não se reinventa.

Viva o PT!