Foto: stock.xchng Na contramão do discurso a favor do uso das bicicletas em Pernambuco - com criação de ciclofaixa aos domingos e projetos para construção de ciclovias nos principais corredores viários do Grande Recife - os altos impostos incorporados às magrelas são superiores às taxas que incidem sobre os carros.

Na comparação, o tributo sobre a bicicleta é em média 40%, contra 32% dos impostos no preço final dos veículos.

Nesta quarta-feira (5), durante lançamento do Plano Diretor Cicloviário, o governador Eduardo Campos (PSB) criticou a elevada carga tributária na aquisição das bikes e afirmou que o Estado busca “um novo padrão [de mobilidade]”.

Ele norteou a fala para uma reflexão sobre novos caminhos para mobilidade.

Em 10 anos, o Grande Recife deve receber 590 quilômetros de rede cicloviária Anunciada a requalificação de trecho da PE-15 que liga Olinda a Abreu e Lima Segundo estudo elaborado pela Tendências Consultoria para a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), em média, uma bicicleta que sai de uma fábrica brasileira tem seu preço elevado em 68,2% devido aos impostos, levando em conta o mix de produção do Brasil, uma vez que a produção de Manaus, 21% do total, tem menos impostos.

Levando em conta apenas o preço de uma bicicleta fabricada no resto do País, os impostos elevam em 80,3% seu preço, ou seja, nestes casos, uma parcela de 44,5% do preço final das bikes é tributos. “Nós temos uma estrutura tributária federal com IPI sobre o carro de 3,2%, enquanto o imposto sobre a bicicleta fabricada fora da Zona Franca de Manaus é da ordem de 10%. É hora de repensar mesmo.

Buscar uma inflexão para construir um novo padrão, porque este definitivamente já deu o que tinha que dar”, defendeu Eduardo Campos.