Foto: José Cruz/ABr Mais de quatro meses depois que a Direção do PSB decidiu integrar os cargos que possuía no Governo Federal, um tio do governador Eduardo Campos (PSB), Marcos Arraes de Alencar, continua trabalhando como diretor administrativo e financeiro da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras).

As informações são da Folha de S.

Paulo deste sábado (1º), que informa ainda que o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, só foi exonerado dos conselhos de administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Usina Itaipu nessa sexta-feira (31).

Marcos Arraes é irmão da ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes; mãe do governador Eduardo Campos.

De acordo com o jornal paulista, a remuneração que ele ganha na Hemobras é de, pelo menos, R$ 21 mil.

Em resposta ao jornal, o secretário de Imprensa de Pernambuco, Evaldo Costa, informou que ele já pediu demissão e aguarda ser substituido no cargo.

O mesmo argumento foi usado por Roberto Amaral para continuar no conselho das duas estatais.

O vice-presidente do PSB diz ter entrado com o pedido de demissão e ter continuado trabalhando enquanto aguardava contato sobre a sua substituição.

Ele recebeu R$ 19 mil mensais do BNDES, além do valor não divulgado pago por Itaipu aos conselheiros.

Sudene Na mesma reportagem, a Folha de S.

Paulo lembra ainda que o superintendente da Sudene, Luiz Gonzaga Paes Landim, que é ligado ao governador do Piauí, Wilson Martins, permanece no cargo, recebendo R$ 12 mil por mês.

A Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste é ligada ao Ministério da Integração Nacional, que era comandado pelo pernambucano Fernando Bezerra Coelho (PSB).

A decisão do PSB de entregar os cargos no governo Dilma Rousseff (PT) ocorreu no final de setembro e teve o objetivo de deixar o partido livre para construir a candidatura presidencial de Campos.

Além de FBC, o ex-ministro dos Portos Leônidas Cristino deixou a Pasta.

O governador pernambucano deixará o cargo no início de abril para disputar a Presidência da República contra a reeleição da petista.

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