Do NE10 em Caruaru O Disque-Denúncia Pernambuco divulgou, nesta sexta-feira (31), a oferta de recompensa no valor de até R$ 2 mil para quem tiver informações sobre a localização dos vereadores Neto (PMN), Val de Cachoeira Seca (DEM) e Jadiel Nascimento (PROS).
Os três parlamentares estão entre os cinco vereadores alvos da Operação Ponto Final 2 e são considerados foragidos da Justiça.
Quem souber de alguma informação que auxilie na localização dos parlamentares pode telefonar para o (81) 3421-9595, na Região Metropolitana do Recife (RMR) e Zona da Mata Norte, ou (81) 3719-4545, no interior do Estado.
Também é possível repassar informações através do site da central www.disquedenunciape.com.br, que permite o envio de fotos e vídeos.
O serviço funciona durante 24h, todos os dias da semana.
O anonimato é garantido.
Segundo a defesa dos três procurados, um habeas corpus preventivo foi solicitado ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), isso porque eles só vão se apresentar caso consigam o documento.
Já a defesa dos parlamentares Evandro Silva (PMDB) e Val das Rendeiras (PROS), presos na tarde da última quarta-feira (29), solicitaram habeas corpus pedindo a soltura deles.
A decisão favorável ou não do Tribunal sobre os pedidos pode sair a qualquer momento.
Cinco mandados de prisão foram expdeidos esta semana pela 4ª Vara Criminal da cidade contra os parlamentares.
O CASO - De acordo com a polícia, os vereadores são investigados por suspeita de corrupção ativa, passiva e organização criminosa.
Segundo o delegado que investiga o caso, Erick Lessa, Evandro Silva, Neto e Val teriam pagado aos vereadores Val das Rendeiras e Jadiel Nascimento para que eles assinassem o requerimento para abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que iria investigar possíveis irregularidades apontadas em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU).
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Segundo a polícia, Jadiel Nascimento teria recebido R$ 30 mil, sendo R$ 15 mil pagos por Val e R$ 15 mil por Neto.
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Ao todo, eles e outros cinco parlamentares da Capital do Agreste foram presos por suspeita de concussão, corrupção passiva e organização criminosa.
Os parlamentares estariam exigindo ao prefeito José Queiroz (PDT) o valor de R$ 2 milhões, para aprovação do projeto do BRT (Bus Rapid Transit), orçado em R$ 250 milhões.