Depois de 05 anos de Governo Municipal em Petrolina, e sem falsa modéstia, mesmo tendo priorizado a Educação Fundamental e, de modo especial, a Educação Infantil.

Mesmo tendo investido na correção do fluxo para adequação da idade à série.

Mesmo tendo elevado os resultados do IDEB e o índice de alfabetização dos alunos na idade de 06 anos, a qual eu considero ideal.

Mesmo com todos esses avanços, cheguei à conclusão de que se o País pretende de fato avançar, faz-se imperiosa a federalização da Educação nos níveis fundamentais.

Posição, inclusive, defendida pelo Senador Cristóvão Buarque, que foi Ministro da Educação.

A descentralização de ações com o aumento da responsabilidade e autonomia dos Municípios, do ponto de vista teórico e ideológico, pode até ser um bom caminho, mas, na prática, não é o que observamos.

Conforme observamos no Gráfico 1, podemos verificar uma pequena melhora de nossas avaliações nas competências de Leitura, Matemática e Ciências.

Ao avaliarmos o Gráfico 2, onde temos a posição do Brasil em relação a outros países, logo percebemos que na Educação nos comportamos como um corredor disputando uma maratona que, mesmo correndo muito, perde posições a cada quilômetro (analogia à posição da Educação a cada ano) e, assim, vai ficando cada vez pior classificado.

Assim estamos e, portanto, apenas uma verdadeira revolução no formato da condução da Educação pode melhorar nosso desempenho.

Faltam investimentos, alguém pode dizer.

O Professor ganha pouco, outro pode falar.

As duas afirmações são verdadeiras e merecem a nossa atenção, entretanto, outra constatação também é identicamente verdadeira.

Somos o 15º País em investimentos em Educação, no entanto, podemos afirmar que o nível de investimentos em nossa Educação e os salários pagos em nosso País, em relação a outros países, não justificam a nossa desastrosa posição nas avaliações internacionais.

Gastamos mal, muito mal.

Em verdade, falta-nos um modelo de gestão que possa promover o aprendizado de fato, que leve em conta o resultado com foco no mérito e, sobretudo, com planejamento fundamentado em evidências científicas.

Assim, hoje, acredito piamente que a Federalização da Educação Fundamental seria o primeiro passo para mudança de que tanto precisamos.