O ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, do PSB, falando sobre a sucessão estadual em Pernambuco, disse, nesta terça-feira, em debate na JC News, que o partido socialista não pode subestimar os adversários e tem que ter a mesma cautela que teve em 2010, na reeleição de Eduardo Campos ao governo. “A chapa precisa ser a mais plural possível”, defendeu.

No ar, ele defendeu aliança com o PSDB e até com o PP, na figura do deputado federal Eduardo da Fonte. “Temos que nos preparar para sermos o mais plural possível”, reiterou.

As observações do vice-presidente nacional do PSB foram feitas depois de ter sido questionado se ficaria frustrado em ser preterido, mais uma vez, como em 2010, para um cargo na chapa majoritária.

Na ocasião, o PSB abriu espaço para o PT e o PSB no Senado. “O palanque tem que ser o mais amplo possível.

Em 2010, eu fui preterido porque não se podia subestimar Jarbas Vasconcelos.

Foi a vez do PT e PTB (entrarem na chapa ao Senado.

Acabaram sendo eleitos Humberto Costa e Armando Monteiro Neto).

Eu acredito que, de novo, deve prevalecer o sentimento.

A mim só interessa se fosse candidato a governador.

Eu defendo que o PSB deve ter só a cabeça da chapa, sendo o vice e o Senado oferecidos aos aliados da Frente Popular”, disse.

No ar, FBC também afirmou que não via como uma imposição o posicionamento do PMDB ao defender de forma assertiva o nome de Jarbas para a reeleição ao Senado. “O natural é que o PMDB seja representado por Jarbas Vasconcelos”, disse.

Na sua avaliação, a reeleição de Jarbas interessa, além do próprio senador, ao PMDB nacional, que não gostaria de perder um senador na casa. “O próprio Jarbas já havia me dito que não iria desistir, pois contava com pesquisas mostrando que a avaliação de sua atuação era muito boa e as intenções de voto expressavam isto.

Em janeiro, uma pesquisa que eu tive acesso mostra 50% de aprovação”, informou. “As pessoas acreditam que Pernambuco está no rumo certo.

Mas isso não quer dizer que esse rumo não possa ser tocado por um político”, disse o ex-ministro de Dilma.

Bezerra chegou a usar como exemplo o próprio governador para defender a tese de que o nome deve ser político. “Quem lidera essa gestão vitoriosa [EM PERNAMBUCO] é um político chamado Eduardo Campos.”