Presidente se hospedou no Ritz Four Seasons e jantou em restaurante agraciado com uma estrela no guia ‘Michelin’ Na Folha de São Paulo A oposição vai pedir informações à Presidência sobre os gastos da parada da presidente Dilma Rousseff em Portugal, no sábado.
Sem compromissos oficiais na cidade, Dilma jantou no Eleven, um dos três únicos restaurantes de Lisboa a ter uma estrela no guia Michelin’, e ficou hospedada no Ritz Four Seasons, um dos mais luxuosos da capital. “Se a presidente não tem atos oficiais em Lisboa, não tem como justificar esse turismo com dinheiro público.
Há que se restituir os cofres públicos”, disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
A presidente ficou cerca de 15 horas em Portugal.
Uma parte da equipe ficou no mesmo hotel que ela.
Outra, no Tívoli.
No Ritz, o valor das diárias vai de € 360 (R$ 1.188) para o quarto comum a € 8.265 (cerca de R$ 27 mil) para a suíte presidencial.
Em nota divulgada ontem, a Presidência da República afirmou que a parada técnica em Lisboa foi “adequada” porque o Airbus presidencial não tem autonomia para voar da Suíça, onde ela participou do Fórum Econômico Mundial, a Cuba, onde cumpre agenda a partir de hoje. “Ela lá chegou [A PORTUGAL]às 17h30, e lá pernoitou, seguindo viagem na manhã seguinte.
A decisão de fazer um voo diurno foi tomada pela Aeronáutica a partir da avaliação das condições meteorológicas”, diz a nota.
A parada em Lisboa não havia sido incluída na agenda oficial divulgada no sábado.
O chef do restaurante escolhido por Dilma em Lisboa é o alemão Joachim Koerper, 61, que divide seu tempo entre Portugal e o Rio de Janeiro.
Em terras cariocas, é o responsável pelas cozinhas do Enotria, na Barra da Tijuca, e do Enoteca Uno, no centro.
Orgulha-se de dizer que é o único agraciado pelo Michelin’ em atividade no Brasil.
Apesar disso, não é tão conhecido no Rio quanto outros chefs estrangeiros, como Claude Troisgros.
Casado com uma paraense, Koerper costuma usar ingredientes brasileiros em suas receitas.