O corpo do ativista Bruno Maranhão, líder do Movimento pela Libertação dos Sem Terra e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), de 74 anos, foi cremado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, na manhã deste domingo, depois de ter sido velado desde o começo da manhã deste domingo.
Bruno Maranhão morreu neste sábado no Memorial São José, depois de falência múltipla dos órgãos já anunciada durante a semana.
Bruno Maranhão ficou conhecido nacionalmente pela invasão que o movimento promoveu em junho de 2006 nas dependências do Congresso Nacional.
Líder, ele chegou a ficar preso por 39 dias no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
O ex-presidente Lula, de quem Bruno Manranão era amigo, não compareceu ao velório.
Como era de se esperar, o site Instituto Lula divulgou uma nota de pesar, neste domingo (26), pelo falecimento de Bruno Maranhão. “Bruno Maranhão foi um grande companheiro, amigo e um grande militante da esquerda brasileira.
Pernambucano, engenheiro mecânico, líder do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST).
Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores.
Recife, Pernambuco e o Brasil perdem um grande guerreiro da luta pela liberdade e igualdade.
Neste momento de dor e perda, queremos estender nossa solidariedade a todos os seus familiares, amigos e companheiros de luta”, escreveu.
O governador Eduardo Campos também não compareceu ao velório, mas mandou uma coroa de flores, a exemplo do que fez o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho.
O senador Humberto Costa, do PT, prestou a última homenagem.
O tucano Bruno Araújo, apesar de adversário político, foi ao velório e destacou a importância da trajetória política dele independente de política partidária.
Recuperando-se de uma cirurgia de varizes, o deputado federal João Paulo (PT) não compareceu ao velório, mas usou as redes sociais para louvar o militante.
Pelo face, o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), lamentou a morte do petista Bruno Maranhão. “Bruno sempre foi um homem fiel aos próprios ideais, uma pessoa preocupada com a justiça social e disposto a construir um mundo melhor”, afirmou.
Bruno Maranhão passou duas semanas internado no hospital Memorial São José, no Derby, região central do Recife.
A saúde do militante vinha delicada desde 2011, quando foi submetido a duas cirurgias para conter a lesão de uma isquemia e uma trombose cerebral, tendo afetado o lado esquerdo do cérebro.
Maranhão, à época, chegou a ficar em coma induzido.
Doença cerebrovascular, a trombose venosa cerebral (TVC) tem múltiplas manifestações clínicas.
Em algumas situações pode confundir e levar a um subdiagnóstico.
Ex-líder estudantil e ex-exilado político, além de ter sido membro da Executiva nacional do PT – era um dos líderes do Movimento de Libertação dos Sem Terra, organização nascida de uma dissidência no Movimento dos Sem-Terra (MST).