No JC online O quadro de insuficiência hepática do militante de esquerda Bruno Maranhão se agravou na tarde desta quinta-feira (23), causando falência múltipla dos órgãos.
De acordo com a neurologista Silvana Rodrigues a situação é “irreversível”.
Maranhão deu entrada no Hospital Memorial São José há duas semanas para exames periódicos, mas precisou ser entubado e sedado. “Não há mais possibilidade de reversibilidade do quadro de hoje.
Então, o que a gente tem feito é dar conforto.
Ele está no respirador, sedado para não sentir dor e vamos fazendo o tratamento de acordo com as alterações que aparecem”, explicou a médica Silvana Rodrigues.
A falência foi decretada no fígado, rins e pulmão.
A saúde do militante vem delicada desde julho de 2011, quando ele foi submetido a duas cirurgias para conter a lesão de uma isquemia e uma trombose cerebral, tendo afetado o lado direito do cérebro.
Maranhão, à época, ficou internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) durante 3 meses.
As sequelas afetaram os movimentos do lado direito do corpo e a sua articulação.
Ex-exilado político, Bruno Maranhão – além de ter sido membro da Executiva nacional do PT – é um dos líderes do Movimento de Libertação dos Sem Terra, organização nascida de uma dissidência no Movimento dos Sem-Terra (MST).
Ele é constantemente lembrado pela invasão que o Movimento promoveu em junho de 2006 nas dependências do Congresso Nacional.
Líder, ele chegou a ficar preso por 39 dias no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília