Atualizada às 22h58 Sem alarde, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) deu parecer pela rejeição das contas de Severino Cavalcanti, como prefeito de João Alfredo, no ano de 2011.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do TCE de 23.01.2014.

PROCESSO T.C.

Nº 1260030-1 PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE JOÃO ALFREDO (EXERCÍCIO DE 2011) UNIDADE GESTORA: PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO ALFREDO INTERESSADO: Sr.

SEVERINO JOSÉ CAVALCANTI FERREIRA RELATOR: CONSELHEIRO RANILSON RAMOS ÓRGÃO JULGADOR: PRIMEIRA CÂMARA PARECER PRÉVIO CONSIDERANDO o Relatório Técnico de Auditoria; CONSIDERANDO que o interessado, mesmo devidamente notificado, deixou de apresentar defesa; CONSIDERANDO a análise do Ministério Público de Contas desta Corte; CONSIDERANDO o disposto nos artigos 70 e 71, inciso I, combinados com o artigo 75, todos da Constituição Federal, e o artigo 70, inciso I, da Lei Estadual nº 12.600/04, Decidiu a Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado, à unanimidade, em sessão ordinária realizada no dia 21 de janeiro de 2014, EMITIR Parecer Prévio, em que recomenda à Câmara Municipal de João Alfredo a REJEIÇÃO das contas do Prefeito, Sr.

Severino José Cavalcanti Ferreira, relativas ao exercício financeiro de 2011, de acordo com o disposto nos artigos 31, §§ 1º e 2º, da Constituição do Brasil, e 86, § 1º, da Constituição de Pernambuco.

Recife, de janeiro de 2014.

Conselheiro Ranilson Ramos – Presidente da Primeira Câmara e Relator Conselheiro, em exercício, Marcos Flávio Tenório de Almeida Conselheiro, em exercício, Carlos Pimentel Presente: Dr.

Gilmar Severino da Lima - Procurador Severino Cavalcanti foi um dos nomes mais importantes da política nacional, no primeiro mandato do Governo Lula, chegando a presidir a Câmara de Deputados.

Todavia, no que ficou conhecido como escândalo do “mensalinho”, foi forçado a renunciar ao mandato de deputado federal em 2005.

Depois, não conseguiu se eleger deputado federal em 2006.

Em 2008, usando do próprio celular, exibiu aos eleitores um vídeo do ex-presidente Lula lhe tecendo os maiores elogios, conseguindo se eleger prefeito de sua terra natal.

A aprovação da Lei de Ficha-Suja, entretanto, lhe trouxe dificuldades, já que a nova legislação tornava inelegíveis os políticos que renunciaram a mandato parlamentar para escapar de cassação, como ele fez em 2005.

Devido à incerteza jurídica se poderia ou não ser candidato à reeleição como prefeito, resolveu não disputar em 2012.

Com esta condenação do TCE, o prefeito pode acabar ficando enquadrado como inelegível na lei eleitoral, pelos próximos oito anos.

A reportagem tentou entrar em contato com o político e com familiares na tentativa de buscar uma resposta para o material apresentado.

As ligações, no entanto, não foram retornadas.

Tentou-se ligar das 19h35 até as 21h30 desta quarta-feira (22).