Foto: BlogImagem O presidente do PT do Recife, Oscar Barreto, prometeu, na manhã desta terça-feira (21), que vai ressuscitar em breve algumas das polêmicas do Processo de Eleição Direta (PED) da sigla, ocorrido no ano passado. “Existe no PED um lixo grande, que eu não fiz acordo para estar embaixo do tapete”, afirmou, em entrevista à Rádio JC News.
O imbróglio deve envolver a permanência de Oscar na secretaria-executiva de Agricultura do Governo do Estado, mesmo três meses após a decisão da Executiva estadual de entregar todos os cargos que a legenda possuía nas gestões do PSB.
O tema foi tratado durante a entrevista por Oscar, que disse ter sido interpelado judicialmente pelo senador Humberto Costa (PT) por uma polêmica envolvendo a manutenção de cargos na gestão Eduardo Campos. “Vamos voltar ao debate político com o senador”, prometeu.
Durante a entrevista, Oscar chegou a criticar o modelo de definição da entrega dos cargos, que teria tido a intimidação militantes pela polícia e pessoas assinando a ata sem pertencer ao Diretório.
Segundo o presidente do PT recifense, as ações irão se tornar públicas em breve.
Hoje, a promessa da presidente estadual da legenda, a deputada Teresa Leitão, é de que a polêmica da permanência no Governo do Estado terá de ser resolvida.
O tema deve ser tratado durante a próxima reunião da executiva do PT; e existe a possibilidade que os petistas continuem no governo mesmo com a manutenção da decisão, valendo-se do mecanismo de afastamento temporário do partido. “Ninguém está expulsando ninguém do partido”, disse Teresa, durante a mesma entrevista.
Para a deputada, o mecanismo pode ser viável para aqueles que acharem que o trabalho na administração pública é uma prioridade e já existem casos onde isso foi empregado.
Na única declaração mais ácida para com o grupo que comandava a legenda antes, Teresa disse que faltou acompanhar para ver se a decisão de entregar os cargos era cumprida.
Outra polêmica envolve a decisão de deixar, também, as prefeituras de Recife e Paulista.
Segundo Oscar, a decisão da Estadual foi tomada apenas em função da disputa interna, uma vez que as duas gestões possuíam representantes da tendência dele e de Teresa.
Um recurso enviado pela deputada para a Nacional petista pede que as direções municipais tenham autonomia para decidir o apoio nas cidades.
A subida de tom pode colocar em risco o clima de tranquilidade que existe hoje dentro da sigla desde o acordo que encerrou o processo de disputa interna do PED entre os grupos de Teresa, Oscar e João da Costa e o de Humberto e dos deputados João Paulo e Pedro Eugênio.