No site Opera Mundi Depois de atrair a atenção da opinião pública mundial em 2013 com a legalização da maconha, o governo do Uruguai pretende dar continuidade à sua agenda de reformas sobre temas polêmicos.

As duas principais prioridades da coalizão de José Mujica neste ano são a regulação da mídia e da venda de bebidas alcoólicas.

Entre as propostas da Frente Ampla estão o aumento do controle sobre a publicidade e os pontos de venda de álcool.

Os legisladores governistas querem proibir, por exemplo, a realização dos “happy hour”, situações em que as bebidas são comercializadas com preços mais baixos.

Em seu último ano de governo, Mujica espera aprovar novos projetos polêmicos, como a proibição dos “happy hour” “O Uruguai precisa de regulação porque o álcool é a droga lícita que mais causa acidentes.

Seus vendedores querem nos convencer de que é uma bebida refrescante e está associada a mulheres lindas”, argumentou o senador Ernesto Agazzi. “Alguns interesses serão afetados, mas é um problema crescente.

Há enormes quantidades de jovens que bebem ocasional ou frequentemente.

Com essa medida, completaríamos a tríade de regulações, pois já fizemos isso com a maconha e o tabaco”, afirmou o senador Luis Gallo.

Assim como ocorreu no ano passado com a questão da maconha, a regulação da mídia e das bebidas alcoólicas contam com forte repúdio da oposição.

No entanto, o governo Mujica dispõe de número suficiente de parlamentares para impulsionar tais medidas.

Outros projetos governistas que devem ser discutidos em 2014 são a limitação da compra de terras por empresas estrangeiras e a lei de responsabilidade penal do empregador.

Ainda em 2014, no mês de outubro, o Uruguai viverá as eleições que definirão o sucessor de Mujica.

O favorito no pleito é justamente o antecessor do atual presidente, Tabaré Vázquez, também da Frente Ampla.

De acordo com alguns parlamentares e especialistas, o fato de ser um ano eleitoral pode dificultar a aprovação de todos esses projetos, mas a coalizão governista espera conseguir agilizar ao menos a regulação da mídia e das bebidas. (*) com El País