Por Maurício Costa Romão Permitam-me dar alguns números para ilustrar a interessante matéria publicada ontem (15/01) no Blog de Jamildo sobre a articulação encetada por Luciano Bivar para a formação de uma chapa proporcional com seis pequenas legendas (PHS / PRP / PSL/ PSDC / PRTB / PTdoB).

A nível estadual essa aliança é realmente competitiva em 2014, podendo eleger cinco deputados diretamente pelo quociente partidário e ainda lutar, embora com chances reduzidas, por uma vaga adicional por sobra de votos.

Com efeito, se esses partidos repetirem a votação que tiveram em 2010 (509.276 votos) e se nossa projeção do quociente eleitoral estiver correta (96.231 votos), o quociente partidário será de 5,292 (= 509.276 ÷ 96.231).

Quer dizer, a coligação, denominada na matéria de G6, elege cinco parlamentares e fica na torcida de uma vaga extra com 0,292 de sobras.

Se o G6 adicionar 70.000 votos à votação obtida em 2010, aí já garante seis vagas parlamentares, sem precisar esperar por rodadas de sobras.

No plano federal a situação é mais complicada.

Os partidos do G6 tiveram 200.603 votos em 2010.

Repetida esta votação, a aliança faria um deputado (o mais votado do grupo), supondo que o quociente eleitoral de 2014 seja 185.239 votos.

A sobra seria de apenas 0, 083, sem chances de fazer um deputado adicional por média.

Quanto à afirmação de que o G6 poderia “alcançar quase dois minutos de tempo de TV”, é preciso qualificá-la melhor, até porque ela seria parcialmente verdadeira se o grupo tivesse um candidato a governador.

De fato, o G6 tem uma representação de cinco deputados na Câmara Federal, o que lhe confere 7,8 segundos de tempo proporcional.

Admitindo-se que haja cinco concorrentes ao governo (a aliança do PSB, a aliança do PTB, a aliança do G6 e mais dois partidos isolados), o tempo igualitário seria de 1 minuto e 20 segundos para cada concorrente.

Logo, o tempo total de rádio e TV do G6 seria de 1 minuto e 28 segundos.