Em meio à resistência da ex-senadora Marina Silva, nova aliada do PSB, em apoiar o candidato Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), enviou nesta sexta-feira (17) um recado ao governador de São Paulo, afirmando que o PSB deve lançar candidatura própria no Estado.
Segundo informações da Folha de São Paulo, os tucanos ouviram do representante de Eduardo Campos que a decisão não implica em ruptura ou afastamento e que, num provável segundo turno, o PSB estará no palanque de Alckmin.
Nos bastidores, a avaliação é que para o PSB ter um nome na disputa em São Paulo seria um reforço à candidatura presidencial.
A decisão de lançar um nome abrirá disputa no PSB.
Marina Silva já disse ao partido que seus candidatos prediletos para disputar em São Paulo seriam o deputado Walter Feldman, seu aliado na criação da Rede que hoje está filiado ao PSB, e o vereador Ricardo Young (PPS).
O problema é que o deputado federal Márcio França, presidente estadual do PSB, que almejava a vaga de vice de Alckmin caso a aliança com o tucano prosperasse, já avisou que, com a decisão de lançar um nome próprio, se colocará na disputa.
França tem o controle da máquina do partido em São Paulo e não teria dificuldade em desbancar os nomes de Marina numa eventual consulta aos delegados do PSB.
Feldman é considerado um forasteiro na legenda e o fato de não ter conseguido se eleger para a Câmara em 2010 (ele atuava como suplente) é citado como exemplo de seu baixo potencial de votos de uma eventual candidatura dele.
Young, filiado ao PPS, enfrenta obstáculos parecidos, avaliam socialistas.
Até o dia 30 de janeiro, o PSB pretende fechar um documento que norteará as alianças estaduais.
Eduardo Campos e Marina Silva se reuniram em São Paulo, terça-feira, para discutir a situação nos Estados e o programa de governo.