O Porto de Suape iniciou, nesta sexta-feira (17), obra de infraestrutura em um dos seus píeres que, dentro de três meses, reduzirá em 30% o tempo médio de operação dos navios com cargas de derivados de petróleo, no intuito de atender as necessidades da Refinaria Abreu e Lima, cuja operação está prevista para ocorrer no fim deste ano.

Outro serviço agendado para os próximos dias será para que um de seus píeres receba dois navios de até 200 metros simultaneamente.

A primeira obra destinada à refinaria será executada por empresa contratada pela Petrobras e consiste na troca das defensas - proteções emborrachadas para evitar o impacto do navio contra o cais -, na ampliação do quantitativo de “braços” (conectores) de dutovias e na troca destes dutos no Píer de Graneis Líquidos 2 (PGL 2).

Esses serviços, somada a colocação de todos os dutos necessários para atender a refinaria, incluindo os dos PGLs 3A e 3B, atualmente em instalação, somam R$ 670 milhões.

Até próxima quinta-feira (23), haverá a ampliação de quatro para 12 no número de braços das dutovias destinadas aos navios neste píer.

Para acontecer a troca das defensas e a colocação de mais braços, o porto ficará com o PGL 2 parado por sete dias.

Enquanto isso, as atividades serão remanejadas para o PGL 1.

Com a conclusão dos serviços no PGL 2, este passa a operar normalmente por mais dez dias, fazendo uma segunda parada, por mais três dias, focada na conclusão do serviço, e, depois disso, volta a funcionar com regularidade.

Com o PGL 2 na ativa, haverá a paralisação do PGL 1 para obras, realizadas por empresa contratada por Suape, no valor de R$ 40 mil.

No local, será realizada a duplicação do cabeço de amarração da ponta do píer.

O serviço deve durar cinco semanas.

Após esta etapa, o PGL 1 poderá receber navios de até 200 metros simultaneamente, acelerando as operações, pois hoje o píer tem capacidade para receber, ao mesmo tempo, um navio de 200 metros e outro cuja extensão não pode ultrapassar 145 metros.

Terminada a obra no PGL 1, o píer volta a funcionar normalmente.

Assim, é hora de PGL 2 parar mais uma vez para que ocorra a troca dos atuais dutos de 8 polegadas por dutos de maior capacidade que poderão até quadruplicar a vazão dos derivados de petróleo. “Com as novas dutovias, a produtividade da operação dos navios aumentará em até 35%”, pontuou o diretor de Gestão Portuária, Leonardo Cerquinho.

Os derivados de petróleo mais movimentados no porto são gasolina, diesel, querosene de aviação, GLP (gás liquefeito de petróleo, conhecido como botijão de gás de cozinha) e óleo combustível, que abastece as termelétricas do Complexo de Suape, Termope e Suape Energia.

OUTRAS OBRAS DE INFRAESTRUTURA Desde 2008, o Porto de Suape vem passando por obras de melhoria em sua infraestrutura para atender à Refinaria Abreu e Lima e demais operações portuárias.

Em 2011, concluiu a obra dos PGLs 3A e 3B.

As obras foram realizadas com recursos do Termo de Adiantamento Tarifário (TAT) que Suape possui com a Petrobras e custaram R$ 366 milhões.

Em novembro, o porto realizou sua primeira operação de petróleo cru nestes píeres.

Em 2013, o porto concluiu duas obras de infraestrutura que somaram quase R$ 200 milhões de recursos estaduais.

Foram R$ 165 milhões no reforço dos cabeços, que garantem maior segurança nas operações dos navios, e R$ 33 milhões na requalificação do Cais de Múltiplos Usos (CMU), estratégico no escoamento de cargas.