Foto: José Cruz/Agência Senado Ao contrário do PSB, que estuda lançar um nome técnico para disputar a sucessão do governador Eduardo Campos (PSB), o senador Armando Monteiro (PTB) defendeu na manhã desta quinta-feira (16), que o governador precisa ter um perfil político. “A meu ver, o que se deve escolher é alguém que tenha uma capacidade e um senso de direção, visão estratégica, saber para onde vai.
E isso é fundamentalmente uma competência política”, afirmou, em entrevista à Rádio Jornal.
O senador, que deve disputar o Governo de Pernambuco contra um nome do PSB, lembrou ainda que o próprio Eduardo Campos é um quadro de tradição política. “Imagine se em 2006, se fizesse essa pesquisa, aonde estaria o governador Eduardo Campos.
Ou seja, Eduardo fez aí um governo bem sucedido.
E o que é que ele é, essencialmente?
Um político.
O governador se apresenta para uma disputa eleitoral com que credencial, fundamentalmente, com a credencial de um político”, disse.
Leia também: Para Armando Monteiro, discurso da “nova política” de Eduardo Campos é só marketing Nas últimas semanas, dois dos pré-candidatos do PSB ganharam força na disputa interna da legenda: os secretários da Casa Civil, Tadeu Alencar, e da Fazenda, Paulo Câmara.
Câmara era tido como principal nome na preferência do governador, justamente por ser um nome técnico.
Em 2012, Campos escolheu Geraldo Julio, um quadro essencialmente técnico da gestão para disputar a Prefeitura do Recife. “O que é que distingue um político de um técnico? É que o político é aquele que tem a visão estratégica, que tem sentido de direção, que tem a capacidade de liderar, que tem a capacidade de reunir equipes.
Portanto, o técnico, ele pode ter um domínio, uma competência, específica, pode ter o domínio de uma área; mas não necessariamente tem essa visão estratégica”, afirmou Armando.
Para o senador, as pesquisas realizadas pelo PSB apontam que a população prefere um nome mais técnico porque, de forma geral, há um desgaste da imagem da classe política. “Então essa discussão, ao final, é uma discussão enviesada.
O que se precisa ter hoje é o político, considerando a capacidade e a visão do processo, mas sabendo sempre que as decisões políticos tem que ser formadas tecnicamente”, defendeu.
Ouça a íntegra da entrevista no site da Rádio Jornal.