Foto: divulgação Indignados com a paralisação por quase dois anos das obras no Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga (CIR), os empresários responsáveis pela locação de máquinas e equipamentos realizaram na manhã desta terça-feira (14) um protesto em frente ao Centro de Convenções, sede provisória do governo do Estado.
O grupo exige retomada das negociações com a ex-concessionária da parceria público-privada (PPP) de Itaquitinga, que acumula milhões em dívidas com os fornecedores.
Os trabalhadores se reuniram por volta das 7h e dispersaram a pouco, às 10h, sem conseguir falar com ninguém do governo.
O empreendimento está sendo construído no município homônimo na Mata Norte.
O grupo bloqueou uma das ruas que dão acesso ao Centro de Convenções com máquinas, caminhões e carros particulares a fim de impedir a entrada de servidores na sede.
Segundo o empresário Cláudio Chaud, o objetivo da manifestação é sensibilizar o Governo a retomar as negociações para quitação da dívida deixada pela concessionária Advance Construções e Participações Ltda, que foi substituída pela empresa baiana DAG Construtora.
A empresa baiana Advance, responsável pelas obras de construção do Presídio de Itaquitinga, paralisou as atividades por falta de dinheiro, deixando o canteiro de obras com pendências financeiras com cerca de dez empresas do setor de rental, além de outras 20 empresas da região que forneceram transporte, fardamento e alimentação para os trabalhadores contratados pela Advance.
Na ação judicial, as empresas alegam que cumpriram integralmente as obrigações.
Os serviços contratados foram integralmente realizados dentro do prazo estipulado, assim como os bens locados foram entregues e utilizados pela Advance.
Com a ação de falência, o grupo de empresários espera reverter os bens ativos bloqueados da Advance (imóveis, dinheiro em conta corrente) para beneficio dos credores.
Participam da ação coletiva de falência as empresas: Codequip, Vibromaq Locação, Vibromaq Comércio, Alutec, Palácio da Construção, Embraloc, Aliá Construções e J&D Comércio e Representações.
O CIR teria capacidade para 3.126 reeducandos.
Quando entrasse em funcionamento, o presídio de Itamaracá seria desativado.
O empreendimento foi iniciado pela Yumatã e a Socializa Empreendimentos, que formavam a concessionária Reintegra Brasil.
Depois disso, o governo do Estado escolheu a DAG Construtora para assumir a concessão.
Até agora, o governo não refez o contrato para que o empreendimento volte a ter o seu equilíbrio econômico financeiro.
Com 85% das obras prontas, o empreendimento está parado desde junho de 2012.
Composto por seis prédios incompletos e vazios, o presídio seria explorada como uma concessão e teria um faturamento de R$ 1,9 bilhão depois que o empreendimento começasse a funcionar.