Presentes em condomínios, elevadores, estacionamentos e até em algumas vias de grande movimento do Estado, as câmeras de segurança, vistas como aliadas no combate à criminalidade, são alvo de polêmica se colocadas em salas de aula.
Três colégios em Caruaru, no Agreste do Estado, vão responder na Justiça pela instalação dos equipamentos dentro das salas.
Professores e donos de escola divergem sobre câmeras nas salas de aula Segundo o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE), a prática descumpre a 32ª cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho, onde consta que as escolas são proibidas de instalarem o equipamento de vigilância, por se caracterizar como uma forma de inibir o desempenho dos professores.
Com intuito de coibir a prática, o Sinpro denunciou ao Ministério do Trabalho e Emprego(MTE) os colégios Unimaster, Criativo e Centro Educacional Lapis de Giz.
Panfleto de divulgação enviado pelo Sinpro sobre uso de câmeras em salas de aula O MTE notificou as instituições de ensino e convocou as escolas para mediação com a finalidade de darem explicações e firmarem compromissos para evitar a arbitrariedade.
Na opinião do presidente do Sinpro, Jackson Bezerra, entende-se que a sala de aula deve ser um local livre de câmeras de vigilância, por ser um espaço privado de relação entre professor e aluno. “A instalação dos equipamentos é uma iniciativa muito invasiva, pois tiram a espontaneidade necessária ao processo de aprendizagem, além de ser instrumento de fiscalização do trabalho do professor”, disse.