Presidentes das associações de produtores de cana de todo o Nordeste vão se reunir no Recife nesta quarta-feira (15) para discutir as estratégias a serem adotadas ao longo do ano para defender as principais bandeiras do setor: a renegociação das dívidas rurais e a concessão de subvenções.

O encontro, que está marcado para as 9h30 na sede da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, está sendo organizado pela União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida).

A partir dele, os produtores devem formular uma proposta para que as subvenções federais sejam mantidas pelos próximos dez anos.

A manutenção da subvenção para novas safras deve ser o principal tema da reunião.

Eles querem, sobretudo, que o pagamento seja mantido pela próxima década, com o valor pago pela tonelada - que hoje é de R$ 12 - sendo reajustado ano a ano.

O principal argumento deve ser o resultado da safra dos anos de 2012 e 2013, onde a produção canavieira foi reduzida por causa da seca.

A proposta deve ser apresentada ao Comitê Temático Interinstituticional para Recuperação do Setor Sucroenergético, criado pela Superintendência de Desenolvimento do Nordeste (Sudene).

O Comitê deve se reunir em junho com ministros do Planalto para apresentar todas as propostas.

As principais críticas da categoria estão voltadas para o Governo Federal.

A Unida acusa o Tesouro Nacional de ter contingenciado o pagamento da subvenção financeira referente à safra de 2011 e 2012.

O dinheiro estava programado para ser pago até o final de 2013, mas os produtores ainda precisam receber R$ 53 milhões, dos R$ 148 milhões programados.

Além disso, o grupo quer estender para toda a região da Sudene os benefícios concedidos aos produtores do semiárido e agreste que garantem descontos para a renegociação das dívidas rurais.

A proposta inicial previa que todos os produtores de cana recebessem o benefício, mas foi vetada pelo governo.

Na avaliação da Unida, pelo menos 30% dos canavieiros nordestinos foram excluídos.