Por Adriana Prates, especial para o Blog de Jamildo Em meio a tantas notícias inquietantes que surgiram nos últimos meses, a brisa das boas novas volta a aparecer, não que devamos ser idealistas, mas capazes de adotar um estilo de vida menos suscetível, a volatilidade das informações, das bolsas, das fusões e, sobretudo das adversidades que merecem uma atenção especial.
Existem várias atitudes que se pode tomar diante das adversidades, mas têm algumas delas que me chamam mais a atenção: gerenciar a ansiedade para que esta não te paralise; buscar ajuda quando não souber nem o que, nem como fazer; manter uma expectativa positiva de que sempre haverá uma saída. É preciso também saber analisar a dimensão e o alcance que a adversidade tem.
Generalizar e permitir que outras áreas de sua vida sejam afetadas contribuirá para que o problema pareça maior e mais difícil de ser resolvido, portanto essa opção deve ser evitada.
Observe a mensagem do conto abaixo de um autor desconhecido e avalie como poderá aplicar essa reflexão. “Tudo Passa” Havia um rei muito poderoso que tinha tudo na vida, mas sentia-se confuso.
Resolveu consultar os sábios do reino e disse-lhes: - Não sei por que me sinto estranho e preciso ter paz de espírito.
Preciso de algo que me faça alegre quando estiver triste e que me faça triste quando estiver alegre.
Os sábios resolveram dar um anel ao rei, desde que o rei seguisse certas condições: Debaixo do anel existe uma mensagem, mas o rei só deverá abrir o anel quando ele estiver num momento intolerável.
Se abrir só por curiosidade, a mensagem perderá o seu significado.
Quando TUDO estiver perdido, a confusão for total, acontecer a agonia e nada mais puder ser feito aí o rei deve abrir o anel.
O rei seguiu o conselho.
Um dia o país entrou em guerra e perdeu.
Houve vários momentos em que a situação ficou terrível, mas o rei não abriu o anel porque ainda não era o fim.
O reino estava perdido, mas ainda podia recuperá-lo.
Fugiu do reino para se salvar.
O inimigo o seguiu, mas o rei cavalgou até que perdeu os companheiros e o cavalo.
Seguiu a pé, sozinho, e os inimigos atrás; era possível ouvir o ruído dos cavalos.
Os pés sangravam, mas tinha que continuar a correr.
O inimigo se aproxima e o rei, quase desmaiado, chega à beira de um precipício.
Os inimigos estão cada vez mais perto e não há saída, mas o rei ainda pensa: - Estou vivo talvez o inimigo mude de direção.
Ainda não é o momento de ler a mensagem…
Olha o abismo e vê leões lá embaixo, não tem mais jeito.
Os inimigos estão muito próximos, e aí o rei abre o anel e lê a mensagem: “Isto também passará”.
De súbito, o rei relaxa.
Isto também passará e, naturalmente, o inimigo mudou de direção.
O rei volta e tempo depois reúne seus exércitos e reconquista seu país.
Há uma grande festa, o povo dança nas ruas e o rei está felicíssimo, chora de tanta alegria e, de repente, se lembra do anel, abre-o e lê a mensagem: “Isto também passará”.
Novamente ele relaxa, e assim obtém a sabedoria e a paz de espírito.
Em qualquer situação, boa ou ruim, de prosperidade ou de dificuldade, em que as emoções parecem dominar tudo o que você faz, é importante lembrar que quase tudo é efêmero, de que tudo passará, de que é impossível perpetuarmos os momentos que vivemos, queiramos ou não, sejam eles escolhidos ou não. É preciso ser rápido para decidir sobre as questões que você pode e deve controlar e é preciso ter humildade para ser paciente com aquilo que você não pode influenciar.
O exercício não é fácil, todavia penso ser este o caminho da sabedoria, e quem sabe é nessa direção que a paz interior vai encontrar você.
Adriana Prates é presidente da Dasein Executive Search e Master Coach e atua apoiando líderes a serem agentes transformadores da própria história