Por Jumariana Oliveira Do Jornal do Commercio deste sábado (11) Mesmo com toda movimentação de bastidores, o governador Eduardo Campos (PSB) afirmou nessa sexta-feira que a disputa pela sua sucessão está tranquila.

Segundo ele, “não existe ansiedade entre os aliados”, como se comenta nos bastidores.

Campos disse que ainda não decidiu quando anunciará o nome de quem disputará a vaga mais concorrida da eleição estadual, apesar de o processo de escolha ter sido afunilado nos últimos dias.

Nos bastidores, comenta-se que a escolha vai ser anunciada antes do Carnaval, o que fará com que Campos possa andar com seu escolhido por pelo menos um mês antes de deixar o Palácio do Campo das Princesas.

O governador negou que já tenha dado início ao processo de escolha do seu novo apadrinhado. “Não tem nenhuma decisão tomada de qual é o tempo, nem reunião.

Ainda temos tempo”, despistou.

A declaração pode ser um recado para os nomes cotados que se movimentam nos bastidores.

Campos não é do tipo que gosta de antecipar as escolhas.

Tanto é que, apesar de estar claramente colocado na disputa presidencial, só deixou para anunciar a decisão de sair do governo no final do ano passado.

Enquanto o governador prefere manter a discrição sobre a sucessão, crescem os rumores de que o secretário da Fazenda, Paulo Câmara, e da Casa Civil, Tadeu Alencar, estão no topo da lista de preferidos.

Câmara, inclusive, já afirmou que tem disposição de disputar a vaga, caso seja o escolhido.

Sobre a declaração do auxiliar, o governador preferiu não polemizar. “Não tem nada decidido.” O secretário da Fazenda é tido como homem de confiança de Campos, assim como o prefeito Geraldo Julio, que foi o apadrinhado na eleição municipal de 2012.

Mais um indicativo de que poderia ser o escolhido é o fato de que o titular da pasta se filiou ao PSB no ano passado – ele nunca disputou cargo eletivo e nem tinha envolvimento partidário, apesar de já ter atuado nas campanha do ex-governador Miguel Arraes e do próprio Eduardo.

A escolha de Câmara, no entanto, esbarra em um problema.

De perfil técnico, o socialista não é conhecido entre a população e o governador Eduardo Campos não estará tão disponível para rodar o Estado com possível candidato, já que precisará de tempo para percorrer o Brasil em busca do próprio projeto nacional.