Foto: Aluisio Moreira/SEI Sem citar nomes ou episódios, o governador-presidenciável, Eduardo Campos (PSB), deu o recado aos opositores nesta sexta-feira (10), durante a assinatura da ordem de serviço para o início das obras da Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPAE) de Escada, na Mata Sul pernambucana.

No discurso, Campos afirmou que o povo não quer ver “brigas” ou “baixarias”. “O povo quer ver trabalho”, disparou.

Campos lançou mão de um ditado popular para criticar o Partido dos Trabalhadores (PT), dois dias depois da divulgação do texto “Balada para Eduardo Campos”, publicado no perfil oficial do PT, no Facebook. “Não há vento bom para aqueles que não sabem trabalhar, para aqueles que cuidam mais da futrica política do que da vida do povo”, disse.

Em ritmo de campanha, o governador inaugurou, nessa quinta (9), uma UPAE em Carpina, a 14ª autorizada pelo Estado.

Ao relembrar as promessas que fez no início da campanha para o governo de Pernambuco, em 2006, quando afirmou que iria construir e entregar três hospitais, o socialista exaltou as ações da gestão e fez críticas à atuação do governo federal na área da saúde. “Vejo, hoje, Pernambuco ser o Estado que o Brasil olha pra ele como um Estado que constrói oportunidades.

E eu chego ao oitavo ano do nosso governo e encaro com alegria quando saio nas ruas e as pessoas me cumprimentam dizendo: ‘governador, o senhor soube fazer a boa política.

Temos que olhar para o futuro, querendo melhorar mais e mais’”, defendeu Campos.

O Pacto pela Vida, uma das principais vitrines do governo socialista, também teve espaço durante o discurso em Escada.

Eduardo afirmou que o programa de combate à violência transformou “Recife na capital mais segura do Brasil”. “Somos hoje o único Estado do Brasil que há sete anos, sem errar um, reduziu a criminalidade”, defendeu.

INFLUÊNCIA DO AVÔ Eduardo também fez menção ao avô Miguel Arraes para alfinetar os que estão em time adversário ao seu.

O governador ressaltou que tem uma característica mais observadora e menos verborrágica. “Conheço política de muito tempo.

Quando nasci meu avô estava fora do Brasil, pelas perseguições que sofreu pelo regime de 64.

Eu aprendi uma coisa com Arraes, que a gente deve aprender a ouvir, porque tem muito político que gosta só de falar.

Não é à toa que Deus nos deu dois ouvidos e uma boca.

Tem gente que fala dois tantos e escuta um.

Eu prefiro escutar dois tantos do que falar”, afirmou.

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Farpa para Dilma?