Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Como bons brasileiros, os recifenses provavelmente vão esperar até o último momento para fazer o cadastramento biométrico.

Falta pouco mais de dois meses para encerrar o prazo da biometria, em 22 de março, e, nesta reta final, a procura pelo serviço é inferior à capacidade que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) pode absorver.

O TRE tem capacidade para atender até dois mil eleitores por dia, mas, atualmente, os atendimentos giram em torno de 200 pessoas.

Dos 1.169 milhão de eleitores do Recife, 44,43% ainda não realizaram o cadastramento biométrico, até o último sábado (4).

O percentual representa 519.734 pessoas em falta com o TRE.

A coordenadora da biometria em Pernambuco, Raquel Salazar, explica que o maior desafio para o TRE, no momento, é convocar os eleitores para realizar o cadastramento.

Existem casos de eleitores que fizeram quatro agendamentos e não compareceram no dia marcado. “Sabemos que não vamos atingir 100% dos eleitores, porque muita gente não mora mais no Recife.

Provavelmente 100 mil pessoas deixaram a cidade e não mudaram o domicílio eleitoral”, explicou.

Pelas contas do TRE faltam 350 mil eleitores se cadastrar.

A última revisão eleitoral na cidade foi feita em 1986.

Quase metade dos recifenses ainda não fez biometria.

Prazo vai até março Na tentativa de reverter a situação, a coordenadora explicou que o TRE está organizando encontros em todas as regiões da cidade para esclarecer a população sobre a biometria.

Nesta quarta-feira (8), o órgão promoveu uma audiência pública com os moradores dos bairros do Arruda, Campina do Barreto, Encruzilhada, Hipódromo, Peixinhos, Ponto de Parada, Rosarinho, Torreão, Água Fria, Alto Santa Terezinha, Bomba do Hemetério, Cajueiro, Fundão, Porto da Madeira, Beberibe, Dois Unidos e Linha do Tiro.

As localidades compõem a Região Político Administrativa 2.

Outra ação para atrair os retardatários será realizada no dia 25 de janeiro. “Vamos promover uma ação de cidadania e distribuir duas mil senhas para quem estiver no local, sem precisar marcar o agendamento”, adianta Raquel Salazar. “Hoje o maior desafio é que as pessoas compareçam.

Estou oferecendo mais máquinas do que precisamos, para ver se conseguimos fechar a conta.

Estamos de braços abertos para receber os eleitores”, acrescentou.