O novo líder do PSDB na Câmara em 2014, o deputado Antonio Imbassahy (BA) aproveitou programa Band Entrevista para condenar a antecipação da campanha eleitoral e a política de coalizão do governo federal, que, para ele, tem adotado como regra o modelo do toma-lá-dá-cá.
Na entrevista, o tucano destacou ainda a importância da aprovação do Orçamento Impositivo e do voto aberto em decisões sobre cassação de parlamentares e análise de vetos presidenciais.
Imbassahy criticou o inchaço da máquina pública federal, atualmente com 39 ministérios e o Banco Central.
Voto aberto Foi uma importante vitória, embora, no Congresso, não tivéssemos conseguido aprovar o voto aberto para todas as modalidades de votação.
O voto aberto, conforme a Proposta de Emenda à Constituição aprovada, ficou apenas para casos de cassação de mandato parlamentar e vetos da Presidência da República.
Liberdade de imprensa Além da vitória do voto aberto, destacamos no ano passado a nossa resistência contra tentativas de segmentos radicais do PT que querem o controle da mídia.
Isso é um absurdo. É quase como se fosse uma censura prévia, como acontece em outros países da América Latina.
O Congresso Nacional tem que resistir a esses movimentos do PT.
Política do toma-lá-dá-cá Quando o governo libera as emendas dos parlamentares, ele aproveita para constranger, para fazer negociação.
Faz de uma maneira desabrida, aberta.
O Poder Executivo libera recursos para deputados da base, mas segura os recursos dos parlamentares de oposição.
Funciona como se a gente tivesse uma representação de valor menor do que o deputado que está apoiando o governo.
Não é compatível com a democracia.
Orçamento Impositivo A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que obriga o governo federal a liberar as emendas empenhadas pelos parlamentares vai corrigir essa deficiência, a política da negociação.
O deputado, da base ou da oposição, terá o mesmo tratamento na liberação de recursos que ele destina para o seu município, para o seu estado.
Máquina pública inchada A presidente Dilma deveria se preocupar em reduzir o número de ministérios, em 39. É impossível governar com essa quantidade de subordinados.
O PT criou 13 empresas estatais. É um desperdício, uma coisa perdulária.
Infelizmente, não tenho expectativa de que ela diminua esse número.
Pelo contrário, vai fazer é essa composição da política tradicional para ter tempo de televisão.
A presidente manobra o governo para ter tempo de televisão, enquanto deveria manobrá-lo para melhorar a qualidade da administração pública.